Segunda, 21 de novembro de 2011
Foto: Google
É, parece que as liberdades de expressão e de imprensa não
conseguem sensibilizar nossos políticos, especialmente aqueles que estão, de
uma forma ou de outra, por cima da carne seca, melhor, das verbas públicas.
Há pouco, alguns minutos depois das 14 horas desta segunda
(21/11), em transmissão pela internet da "Conferência Nacional de Educação do PDT",
evento promovido em Brasília, o secretário-geral nacional do partido, Manoel
Dias, criticou aqueles integrantes da agremiação que, na sua visão, ao invés de
se unirem a todos, têm postura prejudicial ao partido. Alertou que o PDT já
está tomando providências contra esses companheiros. Estava se referindo,
claro, a alguns do parlamentares do partido que, como os senadores Pedro Taques (MT) e
Cristovam Buarque (DF), e os deputados Reguffe (DF) e Miro Teixeira (RJ), dentre
outros, defendem o afastamento de Carlos Lupi do Ministério do Trabalho até
que as denúncias de corrupção sejam esclarecidas.
Que ele queira enquadrar, dessa forma, os companheiros de partido, até que
se entende num quadro de caciquismo partidário existente no Brasil.
O pior é que parece que o secretário-geral do PDT, por
osmose, foi contaminado por Lupi. Tudo indica que está sofrendo agora do mesmo mal
que Lupi sofre ao tentar ser engraçado. Engraçado, mas querendo no fundo passar
uma mensagem.
Manoel Dias declarou que recebeu à noite um telefonema de
uma jornalista da Veja e que perguntou se ela não dormia. A jornalista queria
fazer algumas perguntas sobre as denúncias que a imprensa está divulgando sobre o
Ministério do Trabalho. Não se sabe se por graça sem graça, ou somente por
grosseria, Dias teria falado para a repórter que os jornalistas estavam
precisando era de uma boa bengalada. Disse isso segurando sua bengala que
estava sobre a mesa, e fez o gesto de quem bate com o instrumento na cabeça
de alguém.
Por graça sem graça, ou simplesmente por grosseria, ou ainda
por qualquer outra coisa, é lamentável que o dirigente nacional do PDT, partido
democrático, tenha resvalado para declarações autoritárias, despropositadas e
sem graça nenhuma.
