Sábado, 31 de março de 2012
Da Veja
Gravações da Polícia Federal, obtidas com exclusividade por VEJA, revelam novas conversas sobre negócios entre Demóstenes Torres e o contraventor Carlos Cachoeira e complicam ainda mais a situação do parlamentar
Mesmo no tolerante mundo da política brasileira, certos tipos de
relacionamento costumam ser fatais para a reputação de homens públicos.
Um congressista usar do cargo para defender interesses privados em troca
de benefícios materiais é inaceitável em qualquer ambiente que preze
minimamente os valores republicanos. A situação torna-se ainda mais
insustentável quando o congressista pilhado nesse tipo de comportamento
é, aos olhos do grande público, o mais ardoroso defensor da moral e dos
bons costumes. Coloque-se do outro lado da relação promíscua um
contraventor acusado de comandar uma máfia especializada em jogos
ilegais e negócios suspeitos com o poder, e abrem-se para o congressista
os portões dos mais profundos círculos infernais de Dante — os da
fraude e da traição. Estrela da oposição, intransigente defensor da
ética e crítico ferrenho do comportamento dos colegas, o senador
Demóstenes Torres é um político nessas circunstâncias, que só pioram
para ele à medida que se revela a natureza de sua relação com o
contraventor goiano Carlinhos Cachoeira, que está preso. Leia a íntegra clicando aqui.