Sábado, 24 de março de 2012
A Toesa, empresa de locação de ambulâncias e serviços de atendimento
médico, foi uma das gravadas e denunciadas pela reportagem do Fantástico, da
Rede Globo. É uma das empresas que seguem “a ética do mercado” e, como a
reportagem do programa de TV demonstrou, participava de um esquema que tenta fraudar licitações públicas no Estado do Rio de Janeiro.
Apareceu no Fantástico só no último domingo, mas já era velha conhecida aqui no DF. Em 2009, durante o governo Arruda, ela foi contratada
sem licitação. Depois de o deputado distrital Chico Leite (PT) ter denunciado o
esquema, o contrato foi rescindido e, dos R$12,9 milhões que ela receberia,
chegou a colocar as mãos em apenas R$4,5 milhões, quantia menor, mas nem por isso desprezível, pois mesmo um centavo do povo não pode ser desprezivel.
O deputado petista quer agora que o prejuízo dado pelo contrato sem
licitação com a Toesa seja ressarcido aos cofres do governo do DF. Para Chico
Leite, há fortes indícios de superfaturamento naquele contrato. É, parece que a
“ética do mercado” funcionou.
Enquanto em 2009 a Toesa, que paparia R$12,9 milhões, mas comeu
apenas R$4,5 milhões, o Samu recebia apenas R$986 mil, sofrendo com a falta de
recursos.
É verdade que o Samu continua sendo discriminado no governo atual, sem receber os
recursos mínimos que necessita. No próximo dia primeiro de abril, segundo o que
foi publicado na imprensa, mais dez ambulâncias do Samu serão encostadas por
falta de pessoal. Serão 16 veículos fora de operação, de um total de 37
ambulâncias, representando, portanto, 43 por cento da frota total.