Quinta, 27 de setembro de 2012 | |
Dyelle Menezes Do Contas Abertas |
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Quase
um quarto dos gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em
2012 foi aplicado pelas empresas estatais. No primeiro semestre deste
ano, dos R$ 119,9 bilhões investidos, considerando o “PAC Global”, e R$
29,1 bilhões saíram das estatais. O valor representa 42,4% dos R$ 68,8
bilhões autorizados para orçamento das empresas no programa em 2012.
O “PAC Global” inclui a soma de todos os investimentos do programa somados, além das estatais, o setor privado, financiamentos ao setor público, financiamento habitacional, contrapartidas de Estados e municípios, Minha Casa, Minha Vida e Orçamento Geral da União Fiscal e de Seguridade. Para Roberto Piscitelli, professor da Universidade de Brasília (UnB) e membro do Conselho Federal de Economia (COFECON), a importância que têm as estatais para o PAC é equivalente ao seu papel no próprio desempenho das funções governamentais. Piscitelli explica, ainda, que pelas características, pelo menos em tese, essas empresas atuam de forma mais dinâmica, mais leve, ‘movimentam-se’ melhor no país e no exterior em termos de flexibilidade, eficiência, competitividade, etc. Dentro do PAC, o ritmo de execução das estatais é semelhante ao que acontece com os recursos do Orçamento Geral da União (OGU). Nos seis primeiros meses do ano, os desembolsos do chamado “PAC Orçamentário” atingiram a cifra de R$ 18,6 bilhões, o que corresponde a 42,9% dos R$ 43,4 bilhões disponíveis em 2012.
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