Ministério Público tenta barrar PPP que privilegia empresas às custas
dos cofres públicos e destrói equipamentos importantes para treinamento
dos atletas
O promotor Eduardo Santos Carvalho, da 8ª Promotoria de Justiça de
Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital, foi um dos
responsáveis pela ação civil pública movida pelo Ministério Público do
Rio de Janeiro, em abril. A ação traz questionamentos sobre o processo
de licitação para concessão de 35 anos do Complexo do Maracanã, que teve
como vencedor o grupo que reúne a Odebrecht, a IMX e a AEG.
De acordo com Carvalho, há problemas no processo licitatório, que
privilegiou algumas empresas e criou descompasso entre investimento
público e remuneração privada; além de prejudicar os atletas brasileiros
pela destruição do ginásio de atletismo Célio Barros e do Parque
Aquático Julio de Lamare, esse o único espaço de treinamento de
modalidades olímpicas como o nado sincronizado.