Quinta, 30 de
abril de 2015
Do MPF
Guilherme
Esteves de Jesus e sua esposa são acusados de dificultar ação da PF durante
busca e apreensão autorizada pela Justiça
A
Força-Tarefa do Ministério Público Federal no Caso Lava Jato denunciou à
Justiça nesta quarta-feira, 29 de abril, Guilherme Esteves de Jesus e sua
esposa, Lilia Loureiro Esteves de Jesus, pelo crime de embaraço à investigação
de organização criminosa. A acusação formal foi apresentada à 13ª Vara Federal
de Curitiba na noite de ontem.
De
acordo com a denúncia, na manhã do dia cinco de fevereiro de 2015, quando a
Polícia Federal cumpria busca e apreensão pedida pelo MPF na residência do
operador financeiro Guilherme Esteves, sua esposa, Lilia, após responder aos
policiais pelo interfone, atrasou o ingresso da equipe policial afirmando que
prenderia os cachorros. Em seguida, juntamente com seu marido, reuniu itens de
prova e dinheiro de interesse para a investigação, e fugiu pela porta dos
fundos. Toda a cena foi gravada em circuitos internos de monitoramento,
cujos vídeos instruem a ação penal.
Guilherme
Esteves, que está preso preventivamente, é investigado por ter lavado propinas
pagas pelo Estaleiro Jurong e destinadas a Pedro Barusco, Renato Duque, ao
Partido dos Trabalhadores e a funcionários da Sete Brasil. Muitos desses
pagamentos ocorreram mediante depósitos no exterior, em contas em nome de
empresas offshores, o que será objeto de acusação autônoma.
A
pena para o crime de embaraço à investigação de organização criminosa
qualificado é de 3 anos e 6 meses até 13 anos e 4 meses de prisão. O MPF pediu
a condenação, ainda, a uma indenização no valor de R$ 200 mil.
A
denúncia está disponível na página da Lava Jato
Ação
Penal 5020227-98.2015.4.04.7000/PR