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(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Procuradoria Geral da República aguarda dados de cooperação francesa do caso HSBC (Swissleaks)

Quinta, 30 de abril de 2015
Do MPF
As informações sobre correntistas residentes no Brasil serão enviadas pelo Parquet National Financier
A Procuradoria-Geral da República espera receber em breve os dados referentes ao pedido de cooperação jurídica internacional no caso HSBC Private Bank (Swissleaks). O cumprimento do pedido foi discutido com a procuradora-chefe do Parquet National Financier (PNF), Eliane Houlette, nessa terça-feira, 28 de abril, em visita à instituição em Paris, na França. O Parquet National Financier integra o Ministério Público francês e é encarregado da investigação de crimes econômicos financeiros em todo o território francês.

O secretário de Cooperação Internacional da PGR, procurador regional da República Vladimir Aras, avaliou o contato inicial como positivo. “Vários procuradores franceses da equipe do PNF receberam o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o secretário Nacional de Justiça, Beto Vasconcelos. Nós esperamos que a França atenda ao pedido de cooperação do Brasil. Não somos o primeiro país a pedir compartilhamento de provas desse tipo e estamos otimistas que este envio ocorrerá o mais breve possível. As informações servirão para subsidiar inquérito policial e ações penais no Brasil”, esclarece.
Em março deste ano, a Secretaria de Cooperação Internacional (SCI) da Procuradoria Geral da República e a Polícia Federal enviaram solicitação à França para obter dados brutos sobre mais de oito mil correntistas brasileiros, ou residentes no país, que mantinham conta no banco HBSC. O pedido foi recebido pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional (DRCI), órgão responsável por encaminhá-lo ao Ministério da Justiça da República Francesa.
O procurador regional da República Vladimir Aras reforçou que a cooperação é imprescindível para dar continuidade às investigações, uma vez que o uso de provas de origem ilícita poderia invalidar a investigação no Brasil. Os dados referentes às contas foram divulgados na imprensa por um ex-funcionário do banco.