Terça, 29 de março de 2016
Michèlle Canes - Repórter da Agência Brasil
Representantes
do Ministério Público Federal (MPF) entregaram, simbolicamente, para
movimentos sociais e de maneira simbólica, as 2,028 milhões de
assinaturas de apoio às medidas anticorrupção propostas pelos
investigadores da Operação Lava-Jato.
Depois, as cerca de
500 pessoas que lotaram o auditório da Procuradoria Geral da República,
seguiram até a Câmara dos Deputados, para entregar os projetos para
membros da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção.
Para o
coordenador da Câmara de Combate à Corrupção do MPF e
subprocurador-geral da República Nicolao Dino, o número de assinaturas
representa a vontade da sociedade.
Ele disse que o sucesso da
campanha se deve ao protagonismo da sociedade. “A campanha só existe e
só foi bem-sucedida porque a sociedade civil se engajou, acreditou e
participou ativamente”.
Para o coordenador da campanha, a
corrupção está presente em todos os país e o diferencial está na maneira
como cada país lida com ela.
“O Brasil responderá de uma forma
bastante significativa. Essa campanha 10 Medidas traz um dado a mais, ou
seja, é uma tentativa de melhorar, de aperfeiçoar o sistema em um
patamar de qualidade, em nível de posição que outros países alcançaram”.
O
coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba e
procurador da República, Deltan Dallagnol, esteve presente na cerimônia.
Para ele, a sociedade mostrou que está agindo, com ações, contra o
problema da corrupção.
“O que nos vemos hoje é um movimento de
fortalecimento da sociedade civil em que a sociedade está se organizando
para encerrar um problema contra o qual nos reclamávamos fazia muito
tempo”, disse Dallagnol.
Para ele, “a sociedade está vendo que
reclamar não é suficiente, que não bastam palavras. Nós precisamos agir,
precisamos ir além e hoje a sociedade age com propostas construtivas
apartidárias que são essas 10 medidas contra a corrupção”.
O
procurador explicou uma das propostas da campanha. É a que propõe que
partidos políticos possam ser responsabilizados por corrupção. “No
cenário atual, empresas, pessoas jurídicas, podem ser punidas, se elas
se envolvem com corrupção, mas partidos políticos não. Essa é a razão
pela qual propomos uma das 10 medidas que é uma medida que contempla
mudanças, como a criminalização do caixa 2 eleitoral, como a
criminalização da lavagem de dinheiro eleitoral e a possibilidade de
punir partidos políticos que venham a se envolver com a corrupção”,
disse.
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Clique aqui e veja quais são as dez medidas contra a corrupção
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