Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Pesquisa do BC sobre bancos

Segunda, 15 de abril de 2019 
Por
Helio Fernandes*
Conclusão: "Os lucros desses órgãos, agora em 2019, foram os maiores desde 2012". 7 anos fabricando lucros, crises, desemprego. E acumulando fortunas  cada vez maiores. Com taxações cada vez menores. Quando falam "em aumentar impostos sobre os mais ricos, os primeiros a se insurgirem são os banqueiros, com um poder de fogo muito grande".

A Constituição de 1891 proibia a reeleição, exigência de Rui Barbosa, autor do anteprojeto. FHC não se conformou em ficar presidente, só 4 anos. Comprou mais 4, pagos pelos banqueiros, altamente recompensados. Esses banqueiros chegam a cobrar mais de 300% de juros, diante da omissão do BC.

O economista nomeado ministro da Educação, foi implacavelmente farsante, ao proclamar: "No Brasil os bancos são controlados pelos COMUNISTAS".

Continua ministro e em liberdade. E afirmando: "Não sou radical".
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Exatamente há 30 anos, se discute e se debate a autonomia do Banco Central

Desde a primeira eleição direta, a partir da chamada
redemocratização (1989) o  assunto não sai das manchetes. Como o presidente e os diretores (membros do Conselho Diretor)  terão ou teriam mandatos fixos e invioláveis  de 4 anos, prevalece um antigo conceito: presidentes da Republica não gostam de nomear alguém que não possa ser demitido.

O presidente do BC tem muitos poderes, incluindo o de controlar os juros. Isso contraria os poderosos e insaciáveis banqueiros. Agora introduziram modificação, acreditam, facilitará  a autonomia do BC. 

As nomeações paras o BC, seriam feitas na metade do mandato presidencial, ele governaria o país nos 2 últimos anos do mandato,  com o BC hostil ou muito independente.

Essa concessão ou restrição dos próprios poderes prova a razão do debate estar completando 30 anos.
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O grande adversário da reforma da Previdência, se chama Jair Bolsonaro e é presidente da República

A cada dia diz uma coisa sobre o assunto. Tomou posse apregoando: "A grande prioridade do meu governo é a reforma da Previdência". Foi mudando de posição, hostilizando Guedes e Maia, os grandes guerreiros da reforma. Até que anteontem, foi claríssimo, sem precisar de interpretação: "Não gostaria de fazer a reforma da Previdência, mas é necessária".

Antes, contrariava os parceiros e aliados, estimulava a oposição: "Acho que até o final deste 2019, a reforma  estará aprovada". Vejamos a reação dos aliados. Paulo Guedes, de Washington: "É de coração? Bolsonaro está apaixonado pela reforma? Claro que não. Mas ele tem qualidades".

Rodrigo Maia: "A agenda do presidente, nunca foi a liberal, sempre foi a conservadora. Em janeiro ele fez uma aliança com o Guedes, acredito que esteja ocorrendo". Então por que Maia abandonou a coordenação?

O general Mourão, vice eleito, não quis ficar de fora, desta vez apelou para o disparate: "A Nova Previdência traz benefícios sociais e igualdade, além de economizar 1 TRILHÃO e acabar com privilégios". Se comprometeu à toa, é o primeiro que acredita na economia de 1 TRILHÃO.

Podia ter combatido a aposentadoria de 28 mil (além dos penduricalhos) para parlamentares.

Desperdiçou muitos pontos, que havia acumulado.
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Bolsonaro fez intervenção indevida e imprudente na Petrobras

A empresa determinou o aumento do diesel, nas refinarias. O presidente da República, (Bolsonaro) sem poderes e autoridade para isso, ANULOU o aumento. Isso teve um efeito catastrófico. Na mesma sexta-feira, as ações da maior empresa do país caíram 8%. 

Por 2 motivos: 

1- O efeito imediato da anulação de uma decisão da diretoria da Petrobras.

2- A possibilidade do governo (Bolsonaro) ter gostado da intervenção. 

E repeti-la  em situações mais abrangentes e desastrosas.

Fonte: Blog Oficial do Jornal da Tribuna da Imprensa. Matéria pode ser reproduzida com citação do autor.