Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 26 de fevereiro de 2022

Novo nega legenda a Julia Lucy, que já busca outro partido

Sábado, 26 de fevereiro de 2022
Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna


A decisão do Novo, segundo a nota de Julia Lucy, teve por base três pontos: insubordinação, não prestação de contas do mandato, notadamente das emendas orçamentárias e contratar assessores em maior quantidade do que o permitido. Ela rebate todas as acusações.

Por Chico Sant’Anna

Há sete meses das eleições, uma reviravolta no Partido Novo exclui a deputada distrital, Julia Lucy, eleita na onda da chamada nova política em 2018, da nominata que o partido apresentará nas eleições desse ano. A deputada que exerce o seu primeiro mandato, notabilizado por muitas propostas e ações polêmicas, foi praticamente excluída da vida política da legenda. Ela planejava um segundo mandato na CLDF. Na prática, conforme nota distribuída pela sua assessoria, ela recebeu a informação “da inviabilidade da candidatura à reeleição pelo Partido Novo. A decisão partidária, de caráter irrecorrível, apresenta três pontos sobre os quais me pronuncio”. A decisão foi adotada por uma comissão interna, composta por representantes da direção local e nacional do Novo. Sem legenda, a distrital afirmou a esta coluna que irá buscar outro partido para dar continuidade a sua ação política.

A decisão do Novo, segundo a nota de Julia Lucy, teve por base três pontos: insubordinação, não prestação de contas do mandato, notadamente das emendas orçamentárias e contratar assessores em maior quantidade do que o permitido. Ela rebate todas as acusações. Confira abaixo sua resposta:

“1) Alegação de ‘atos de desrespeito à instituição, com constantes episódios de insubordinação ao Partido’: esclareço que sempre nutri relacionamento de respeito com os dirigentes partidários, fortalecendo a marca, por meio da busca de novos filiados, de novos candidatos, defendendo sempre a instituição quando atacada. Em momento algum contestei publicamente qualquer decisão partidária. Sempre apresentei meu ponto de vista como filiada e mandatária dentro dos espaços internos, não gerando, portanto, qualquer tipo de constrangimento no time. Saliento: não houve qualquer processo disciplinar para apurar possível conduta de indisciplina. Destaco que o único ato do partido que não contou com o meu apoio expresso foi o do pedido de abertura do processo de impeachment do Presidente da República.