Quarta, 21 de março de 2012
Da CLDF*
Mais de vinte pessoas se inscreveram para criticar ou sugerir
mudanças no Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT), que teve
hoje a segunda das quatro audiências públicas propostas por três
comissões permanentes da Casa para debater sua atualização. Na audiência
desta quarta-feira (21), foram abordados os temas pertinentes a 11
regiões administrativas, entre elas Guará, Gama, Riacho Fundo I e II e
Santa Maria.
Uma das manifestações mais enfáticas foi a do morador do Gama, Taciano Lemos de Carvalho, inconformado com a inclusão nas mudanças do PDOT de dispositivo que permite o uso das áreas intersticiais, ou becos, do Gama, permitindo, com isso, a descaracterização do plano urbanístico da cidade, considerado por ele como um dos melhores do DF.
Taciano rememorou as diversas leis destinando tais becos a moradias de categorias profissionais, avisando que todas elas foram alvo de ações de inconstitucionalidade propostas pelo Ministério Público, acolhidas pela justiça. Mas ressaltou que mesmo tendo as decisões transitado em julgado o governo insiste em dar destino a elas e incluiu indevidamente essa mudança na atualização do PDOT.
Também a presidente do Sindicato dos Arquitetos do DF, Elza Kunze Bastos, manifestou-se a favor da coerência, observando que os critérios políticos não podem se sobrepor aos critérios técnicos. A arquiteta reivindicou soluções integradas para os adensamentos populacionais, como projetos viários, esgotamento sanitário e energia, entre outros, de modo a assegurar melhor qualidade de vida às cidades do DF.
Próximas audiências – A próxima audiência está prevista para a quarta-feira (28) e abordará os problemas urbanos de Taguatinga, Ceilândia, Samambaia e Brazlândia. A última acontecerá no dia 4 de abril, também no auditório da Câmara Legislativa, atendendo aos interesses dos moradores e autoridades ligadas às cidades de Sobradinho, Sobradinho II, Planaltina, Paranoá, São Sebastião, Jardim Botânico e Itapoã.