Terça, 27 de novembro de 2012
Por Hélio Doyle
Pela primeira vez, um presidente não consegue se reeleger na
OAB-DF. A derrota por larga margem de votos para Ibaneis Rocha Barros
mostra como foi ruim a gestão de Francisco Caputo à frente da entidade.
Foram 7.275 votos para Ibaneis e 4.805 votos para "Kiko" Caputo, sendo
muito boa a votação do tertius Paulo Roque (2.386).
Caputo, na verdade, fez da OAB-DF uma extensão de suas relações
sociais, profissionais e políticas. A Ordem está há quase três anos em
função dele e de seus interesses. Ocupou-se principalmente em atacar a
gestão de sua antecessora, Estefânia Viveiros, e achou que isso iria
levar os advogados de Brasília a concluir que sua administração foi
melhor. Só que Estefânia, que ouviu calada as acusações de Caputo
durante mais de dois anos, resolveu mostrar publicamente as mentiras
dele e desmontou-as, uma a uma. A vitória de Ibaneis, que foi vice de
Estefânia, resgata a gestão que Caputo tentou desmoralizar e mostra como
ele administrou mal.
Ignorando que a Ordem tem de ser independente em relação a governos
e partidos, Caputo sempre procura se ligar ao governador do momento e
ter seu apoio. Há três anos, foi apoiado publicamente pelo então
governador José Roberto Arruda, que poucos dias da eleição começou a ser
derrubado pela Operação Caixa de Pandora. Agora, dizia abertamente que
tinha apoio de Agnelo Queiroz.
Fonte: Blog do Sombra // Blog do Hélio Doyle