Terça, 28 de janeiro de 2014
Movimento “Esta vaga não é sua nem por um minuto” é replicado pela comunidade da UnB
Por Ádlia Tavares
Da Secretaria de Comunicação da UnB
Da Secretaria de Comunicação da UnB
Todos os
dias, o coordenador do Programa de Apoio ao Portador de Necessidades
Especiais (PPNE/UnB), José Roberto Fonseca, tem que se programar para
chegar cedo ao trabalho e encontrar um local para estacionar. Roberto,
que é cadeirante, é cotidianamente desrespeitado em seu direito à
acessibilidade, regulamentado por lei desde 2004. “A dificuldade de
locomoção faz com que o cadeirante não tenha segurança para atravessar o
estacionamento. A vaga está lá por uma questão de segurança, e não de
conforto”, afirma.
Emília Silberstein/UnB Agência |
José Roberto comenta sobre a importância do respeito às vagas destinadas a pessoas com dificuldade de locomoção |
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) aderiu à campanha nacional Esta vaga não é sua nem por um minuto.
Agora, na página do diretório em uma rede social, a comunidade
acadêmica pode divulgar imagens e debater situações em que houve
desrespeito às vagas destinadas a deficientes físicos nos campi da UnB. O
objetivo é promover a conscientização e a fiscalização para coibir
situações de desconforto, como as vividas por José Roberto.
"Estamos
trabalhando em parceria com os Centros Acadêmicos, que devem divulgar a
campanha nos cursos”, afirma Nicholas Powidayko, diretor do DCE. O
projeto do diretório teve início em dezembro do ano passado e, mesmo no
período das férias, já teve a adesão de vários estudantes. “Começamos
com a denúncia de uma estudante, que fotografou o carro de uma acadêmica
que frequentemente parava em vaga reservada”, conta Nicolas.
De
acordo com o coordenador do PPNE, os motoristas preferem as vagas
reservadas por serem mais próximas aos prédios. “Essas pessoas costumam
deixar o carro em situações em que precisam ganhar tempo”, garante.
“Alguns motoristas que não apresentam dificuldade de locomoção chegam a
deixar bilhetes nos carros com frases como: é rápido!”, relata o diretor
do DCE.
O problema é agravado no período das aulas,
quando o número de carros no campus é maior, explica Roberto. O
servidor aponta os estacionamentos do ICC Sul, da BCE e do Banco do
Brasil como os principais alvos dos mal educados. “Encontrar uma vaga
especial vazia no Banco do Brasil é um milagre”, afirma.
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