Sexta, 25 de julho de 2014
Do Blog Náufrago da UtopiaPor Celso Lungaretti
Até onde ia esta viagem com Mohamadou Fofana? |
No exato instante em que a CBF dava o pontapé inicial de mais uma Era Dunga, eu alertei que sua convocação para depor como testemunha no inquérito da máfia dos ingressos levava jeito de ser a ponta de um iceberg (veja texto integral aqui):
"...a aterrorizante perspectiva de Dunga voltar a ser o técnico da nossa seleção (...) poderá ainda ser afastada caso se constate a prática de algum delito nos encontros que ele manteve recentemente com o franco-argelino Mohamadou Lamine Fofana, acusado pela Polícia Civil do RJ de chefiar a quadrilha internacional de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo.
...Falta ouvir parte do material de escuta telefônica e há a possibilidade de Fofana vir a colaborar com a Polícia em troca da delação premiada. Sabe-se lá o que ainda virá à tona".
![]() |
Para Fofana, o fim da linha foi este. |
Como cheguei a tal conclusão? Simples: se era só como testemunha que o
delegado responsável pelo inquérito (Fábio Barucke) encarava Dunga, não
fazia sentido ele acrescentar que o treinador estivera também em contato
com outro investigado, o empresário de jogadores Luiz Vianna, por ele
qualificado de "suspeito".
Um recado estava sendo passado nas entrelinhas e a mim, jornalista
veterano, não passou despercebido. Ou seja, mesmo não ousando acusar
frontalmente Dunga neste estágio das investigações, Barucke insinuou que
ele incorrera em ilegalidades.