Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

A oposição da bancada do PT na CLDF ao pacotão do governo Rollemberg

Quarta, 27 de janeiro de 2015
Triste do povo que tenha um governo sem oposição, ou que essa oposição seja insignificante.
Um governo sem oposição normalmente entra pelos descaminhos da administração, se perde no definir quais as prioridades que deve afirmar e por elas lutar e se entrega aos vampiros dos recursos públicos, como megaempresários, banqueiros, quando não a ladrões. Assim tem sido normalmente. No caso recente do DF, com Agnelo que, sem oposição na Câmara Legislativa, pois essa era composta, na verdade, por um ou dois parlamentares (e veja lá), meteu os pés pelas mãos, fez um governo catastrófico e saiu escorraçado do Buriti.
Por isso, ao invés de estrilar contra a oposição do PT ao pacote (não sei porque sempre lembro dos pacotões) anunciado esta semana (veja postagem anterior), o governo Rollemberg pode se dar por sortudo. Terá uma oposição, pequena é verdade, mas terá.
Assim, se errar não vai errar nas mesmas condições que o governo Agnelo errou. Saberá, certamente, que está errando ou, no mínimo, que há críticas ao que estará fazendo. O que permitirá rediscutir medidas tomadas, corrigir erros,  redefinir prioridades, governar para o povo. Enfim, acertar.
A bancada do PT na Câmara Legislativa divulgou ontem uma nota em que critica as medidas anunciadas no pacote do governo Rollemberg. Aqui não se discute a responsabilidade (que foi enorme) da bancada do partido no desgoverno Agnelo. Pretende-se, simplesmente, tratar da postura dos distritais petistas frente a essa coisa que foi colocada como salvadora do DF, eliminadora de um caos que atingiu o governo do Distrito Federal. Um caos, que sejamos sinceros, não teve início no governo Agnelo. É coisa antiga. Mais recentemente com o caos administrativo e ético que se aprofundou com o desgoverno de Roberto Arruda, o da Pandora, que teve como sucessor o caos também no governo Rogério Rosso, o Tampão. Rosso, por sinal, baluarte do governo Rollemberg.
Agora uma coisa é certa. O governo Rollemberg deve explicar melhor essa história de rombos nas contas. Quais são os rombos e como ele está fechando, se é que está, cada um desses rombos. Tanto os de salários, que vemos divulgados cada vez que se paga uma parte, a uma categoria de servidores. Mas quando se paga aos empresários, nem um pio sobre os nome deles. A quem estou, como contribuinte, pagando? Quais os critérios usados para se pagar primeiro ao credor A e deixar o B (servidores) para pagar no “picadinho”?
Voltando às vacas magras (pois magras são as finanças do trabalhador comum), acerta a bancada do PT quando diz que “A maior parte dessas medidas vão direto ao bolso do cidadão brasiliense, mediante aumento nos impostos que todos teremos de pagar.” É o pacotão do Rollemberg para aumento do IPTU, da tal TLP, do IPVA, do ICMS do telefone e da gasolina. É o aumento do imposto quando se compra/vende uma casa, qualquer imóvel.
Parece até que, nesse ponto, o governo Rollemberg anda copiando as más ideias do governo Dilma, do ministério da Fazenda e seu maioral Joaquim Levy. A ideia do arrocho, da falsa e nefasta ‘austeridade’, está ganhando as cabeças dos governadores.
Te cuida, Rollemberg!
Ps.: Para manter coerência com a nota de oposição ao pacotão do Rollemberg, a bancada petista na Câmara Legislatva do DF teria, pelo menos, de soltar também uma nota contra o pacotão da Dilma, do Joaquim Levy, dos banqueiros. Um pacotão que retira inúmeros direitos do brasileiro, arrasa as pensões, aumenta impostos, reduz os ganhos do trabalhador e deixa com um sorriso de orelha a orelha a banqueirada brasileira e mundial.
Vamos lá, bancada do PT?