Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Ministra Eliana Calmon defende Poder Judiciário sem medo da imprensa


Terça, 26 de fevereiro de 2013
Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil
Um trabalho de  comunicação mais eficiente no Poder Judiciário servirá para torná-lo “um poder diferente, sem medo da imprensa, trabalhando com transparência e contribuindo para o estabelecimento da cidadania”, segundo defendeu nesta terça-feira (26) a vice-presidenta do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Eliana Calmon.

A ministra fez palestra para jornalistas de assessorias de comunicação social de tribunais de todo o país, reunidos em Brasília para o Encontro Nacional de Comunicação do Poder Judiciário, que termina hoje.

A ministra disse que o trabalho de comunicação social no Judiciário “não deve se destinar a promover o Poder e os magistrados, mas contribuir para a garantia dos direitos humanos e das políticas públicas, além de proteger os cidadãos dos interesses políticos e econômicos”.  

Eliana Calmon defendeu também o uso de redes sociais, como Twitter e Facebook, para a difusão e o compartilhamento das informações sobre o Judiciário, ressaltando que esses canais “dão ao público a oportunidade de emitir suas opiniões”.

Para o consultor de comunicação e marketing digital Nino Carvalho, que proferiu palestra no encontro,  as redes sociais são uma oportunidade para as marcas públicas “saírem da frieza  e mostrarem seu modo real”. Esses canais podem disseminar de forma mais rápida e mais leve a comunicação dos entes públicos, segundo destacou.

Carvalho citou  pesquisa feita nos  Estados Unidos segundo a qual  95% da comunicação sobre o cidadão americano provêm do setor privado e não do governo. “Daí a importância de o Judiciário brasileiro mudar, da sua parte, a mentalidade em torno da comunicação, para se aproximar mais do público”, avalia.

Para a jornalista Andrea Mesquita, do Conselho Nacional de Justiça  (CNJ), a presença do Judiciário no Facebook e no Twitter ajuda a melhorar o quadro de "carência de informações vivida pelo público, que também não as recebe de forma qualificada". De acordo com ela, as redes sociais representam “um convívio mais atrativo com a comunicação”.

Sua colega no CNJ, Raiana Quintas, diz que a comunicação tem o desafio de levar informações a pessoas que têm dificuldade até para interpretar um texto.