André
Richter - Repórter da Agência Brasil
O desembargador João Pedro Gebran, da Justiça Federal, negou
pedido de liberdade feito pela defesa do presidente da Odebrecht, Marcelo
Odebrecht, preso na 14ª fase da Operação Lava Jato.
O magistrado entendeu que o empreiteiro deve continuar
preso, por ter capacidade de continuar atuando em contratos da empresa com a
Petrobras. No habeas corpus, a defesa do executivo alegou que ele
não foi acusado por nenhum dos delatores, não ameaçou testemunhas, nem ocultou
provas.
Para o desembargador, as provas apresentadas pela acusação
são contundentes e reforçam a participação da Odebrecht no esquema de cartel de
licitação entre as empresas que tinham contratos com a estatal.
“Eventual soltura
permitirá a reorganização das atividades ilícitas, que foram praticadas até
mesmo durante o ano de 2014, quando a Operação Lava Jato estava em curso,
inclusive com a prisão de alguns dos líderes”, justificou Gebran.
As investigações revelam que as empreiteiras Odebrecht e
Andrade Gutierrez lideravam um cartel de empreiteiras que superfaturavam
contratos da Petrobras. Os presidentes das duas construtoras, Marcelo Odebrecht
e Otávio Marques Azevedo, foram presos.