Terça, 28 de agosto de 2012
Deputado está a 2 votos de condenação; se ministros o julgarem culpado de 4 crimes, ele terá de cumprir pena em regime fechado
Felipe Recondo e Mariângela Galucci, de O Estado de S. Paulo
A dois votos de ser condenado pelo Supremo Tribunal
Federal, o deputado e candidato a prefeito de Osasco João Paulo Cunha
(PT-SP) é acusado de crimes que podem levá-lo à cadeia. Com sua
condenação, que pode ser sacramentada nesta quarta-feira, 29 - quatro
ministros já votaram nesse sentido nos crimes de corrupção passiva e
peculato -, João Paulo aguardará o cálculo de sua pena.
A situação do ex-presidente da Câmara é análoga à de Henrique
Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil que, segundo a maioria dos
ministros votou na segunda-feira, cometeu os crimes de corrupção passiva
e peculato e, nesta quarta, também pode ser condenado por lavagem de
dinheiro - cinco integrantes do STF já o consideram culpado. Nesse
crime, João Paulo foi condenado por três ministros na última sessão.
Por ora, a pena mínima dos três crimes de que João Paulo é acusado e
está mais próximo de ser condenado soma 7 anos de prisão - dois anos por
peculato, dois por corrupção passiva e três por lavagem de dinheiro.
Porém, se o tribunal aceitar a acusação contra João Paulo pelo segundo
peculato - nesse item, o placar está empatado em três votos a três -, o
ex-presidente da Câmara poderá ser condenado a pelo menos 9 anos de
reclusão e terá, obrigatoriamente, de cumprir a pena em regime fechado.