Segunda, 27 de agosto de 2012
Integrantes do STF ouvidos pelo ‘Estado’ avaliam que alegações de Lewandowski sobre João Paulo Cunha não devem prevalecer
Do Estadão
Eduardo Bresciani, Felipe Recondo e Ricardo Brito / BRASÍLIA
Novos ministros devem se pronunciar hoje, no julgamento
do mensalão no Supremo Tribunal Federal, sobre desvio de verba pública e
lavagem de dinheiro. Integrantes do STF ouvidos pelo Estado, em caráter
reservado, disseram que a tendência é a comprovação da prática de
lavagem de dinheiro, uma vez que recibos assinados com os nomes das
agências do publicitário Marcos Valério tornam inverossímil a tese da
defesa de que recursos sacados do Banco Rural vinham do PT.
A votação começará somente depois que o relator do processo do
mensalão, Joaquim Barbosa, apontar, na réplica ao voto do revisor,
Ricardo Lewandowski, o que ministros do STF veem como contradição na
manifestação do colega de Corte. A contradição estaria no fato de
Lewandowski ter votado pela condenação do ex-diretor de Marketing do
Banco do Brasil Henrique Pizzolato por lavagem de dinheiro, absolvendo
logo depois o deputado João Paulo Cunha (PT-SP).