Segunda, 29 de fevereiro de 2016
Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
Nesta segunda-feira (29), o Palácio do Planalto anunciou a
saída de José Eduardo Cardozo do comando do Ministério da Justiça, e que
vai passar a chefiar a Advocacia-Geral da União, assumindo o lugar de
Luís Inácio Adams. Para chefiar o Ministério da Justiça, foi escolhido o
procurador Wellington César Lima e Silva. Outra mudança também
anunciada foi a escolha de Luiz Navarro para o comando da
Controladoria-Geral da União (CGU). Desde o fim do ano passado, a CGU
estava interinamente nas mãos de Carlos Higino, que ocupava a secretaria
executiva do órgão. Com as trocas, o governo “fechou o tripé jurídico”,
nas palavras de um interlocutor da Presidência da República.
Novo ministro da Justiça
Nascido
em Salvador, Wellington César Lima e Silva é procurador de Justiça do
Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA). Ele chegou ao cargo mais
alto do órgão, em 2010, após ser escolhido por Jaques Wagner, atual
ministro-chefe da Casa Civil. Na época, Jaques Wagner era governador da
Bahia e escolheu Wellington Silva para chefiar o MP-BA, a partir de uma
lista tríplice feita pelos procuradores e promotores. O procurador ficou
em terceiro lugar na eleição. Wellington Silva foi reconduzido em
2012 ao posto de procurador-geral, após ser candidato à reeleição e ter
sido o mais votado para o posto.
O
novo ministro entrou no MP como promotor de Justiça em 1991, e, após
atuar em comarcas de municípios do interior, foi promovido para atuar na
Promotoria de Justiça de Assistência em Salvador. O procurador é mestre
em Ciências Criminais e doutorando em Direito Penal e Criminologia.
Novo ministro da CGU
Já
o novo ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Luiz Augusto
Fraga Navarro, é advogado e funcionário de carreira do órgão. Durante 10
anos de trabalho na CGU, ele foi secretário executivo, secretário de
Prevenção da Corrupção e corregedor-geral da instituição, tendo já
ocupado interinamente o cargo de ministro-chefe da pasta.
Desde o
ano passado, Luiz Navarro faz parte do Conselho de Administração da
Petrobras. Ele também é consultor do escritório Veirano Advogados,
atuando principalmente em direito administrativo e regulatório. O novo
ministro tem experiência nas áreas de combate à corrupção, transparência
pública e boas práticas em contratos com o governo.
Na CGU,
Navarro participou da elaboração dos projetos de lei anticorrupção e
conflito de interesses. Navarro também liderou os trabalhos de criação
do Cadastro de Empresas Inidôneas e Suspensas, e foi perito titular do
Brasil no Mecanismo de Acompanhamento da Implementação da Convenção
Interamericana contra Corrupção.