Segunda, 22 de fevereiro de 2016
Tribuna da Internet
Virgilio Tamberlini
Confira alguns trechos da entrevista coletiva da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, nesta manhã:
A Polícia Federal afirma que a compra de um apartamento em São Paulo,
feita por João Santana, teria feita com parte do dinheiro recebido da
Odebrecht. O sequestro desse imóvel foi pedido e autorizado pelo juiz
Sergio Moro, segundo a PF.
As empresas off-shore ligadas ao esquema da empreiteira Odebrecht
depositaram ao menos US$ 3 milhões, entre 2012 e 2013, em favor de João
Santana.
A PF espera informações do Citibank de Nova York sobre transações
irregulares feitas entre empresas off-shore, uma delas que seria
pertencente ao marqueteiro João Santana.
A PF afirma que há depósitos, desde 2008, em nome de Suriá Santana, filha do marqueteiro.
O publicitário é alvo da Lava Jato porque os investigadores têm
indícios suficientes de que ele possui contas no exterior com origem não
declarada. Ele nega.
A PF afirma que tudo leva a crer que João Santana e Zwi Skornicki
tinham conhecimento da origem espúria do dinheiro, segundo a PF.
Segundo dados do Citibank, os depósitos eram feitos com base em contratos, que seriam ideologicamente falsos.
A PF revela que comprovadamente João Santana recebeu US$ 4,5 milhões,
mas que ainda está sendo investigado para quem foram outras somas de
dinheiro.
A PF afirma que foi descoberta uma planilha com registros de despesas
de campanhas eleitorais de 2008 e 2012, ligadas ao PT. O documento traz
a sigla M.O., que, segundo a PF, seria uma referência a Marcelo
Odebrecht.