Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 11 de janeiro de 2014

Caminhando por Brasília (ou como aprendi a amar nossa capital federal)

Sábado, 11 de janeiro de 2014
Do Blog http://dzeit.blogspot.com.br/ 
Como que brotando em meio ao cerrado, no "centro" geográfico do País, Brasília é conhecida amplamente como uma capital projetada. Mas apesar do coro que lhe fazem os críticos, Brasília não nasceu congelada e pronta - e muito menos ficou pasteurizada. O fato de ser projetada não a impediu de ter imaginário e mitologia próprias. Mas certamente lhe imputou uma identidade única e marcante.

Turista empolgadíssimo.

Brasília nasce em construções provisórias de madeira - algumas das quais resistem, teve seu apogeu no modernismo à brasileira em concreto armado, teve uma espécie de epílogo pós moderno com algumas obras de Niemeyer tardias e vive uma plena decadência da política urbana e de preservação. É nítida a pressão imobiliária para aprovação de um "plano de preservação" às avessas (o famigerado PPCUB) e o estranho não-protagonismo do IPHAN, órgão responsável pela tutela do projeto urbano que é tombado a nível nacional e reconhecido pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade.

Mas o texto não pretende falar dos problemas, que são inúmeros, mas sim dar vazão a algumas das impressões mais marcantes de uma passagem pela capital do Brasil.

Expectativas e Impressões

Brasília é uma das cidades paradigmáticas do urbanismo moderno. É impossível, portanto, visitá-la sem grandes expectativas - ainda mais quando se é estudante de arquitetura e urbanismo.

Cresci ouvindo críticas à cidade de Brasília. Fala-se muito dela como uma cidade árida, sem escala humana, projetada para carros. Uma cidade que foi construída isolada, de forma a desmobilizar as massas populares que poderiam influenciar os rumos políticos do País. Uma cidade quente, monótona e sem vida social.

Ao visitar Brasília, constatei que muitas das críticas tem um fundo de verdade. Mas a grande parte acabei concluindo que tem um fundo ainda maior de mentira!

Não dá pra entender Brasília buscando nela os defeitos que lhe imputam a partir da crítica fria do urbanismo moderno.

Não dá pra resumir uma cidade ao seu projeto e suas intenções iniciais.

E principalmente:
Não dá pra vivenciar Brasília como uma cidade qualquer!

Leia a integra de  'Caminhando por Brasília (ou como aprendi a amar nossa capital federal)'