“ Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."
(Millôr Fernandes)
quarta-feira, 31 de agosto de 2022
MEMÓRIA E VERDADE —“Esquecer não é uma alternativa”, afirma historiador sobre invasão militar na UnB em 1968
LUTA DEMOCRÁTICA —Atuante contra a ditadura, Sindicato dos Jornalistas do DF completa 60 anos

OS ÍNDIOS DE CASACA E A DISPUTA PARA FEITOR NO BRASIL 2022
Quarta, 31 de agosto de 2021
Pedro Augusto Pinho
Este imenso, rico e bonito curral é habitado por seres muito estranhos. Não se prezam, têm o menor amor-próprio, a mais baixa autoestima do universo. E acreditam, como as crianças na primeira infância, em bruxas malvadas e fadas madrinhas.
A chave do portão de acesso ao curral tem nome; é chamada consenso de washington. Ela impõe baboseiras do tipo: controlar qualquer despesa exceto financeira, que tem pagamento privilegiado, a isso se denomina: disciplina fiscal. A questão dos nomes é outra das características estranhas do curral.
Alguns intelectuais, pessoas sem moral e dignidade, que “nada produzem e fumam maconha” (!), dizem que no curral se fala ao modo barroco, muitas palavras para pouco significado. Mas estes seres são estranhos e não se deve levá-los em consideração.
Outra imposição para usar a chave é manter o curral permanentemente aberto para entrada e saída de estrangeiros, mas impor restrição para circulação dos índios que lá residem.
Estes índios constituem um caso muito especial. Não se conformam em serem os nativos de um verdadeiro paraíso terrestre, onde em se plantando tudo dá, onde há água doce em abundância, o clima é gentil e o sol brilha o ano inteiro. Por isso usam roupas inadequadas, têm costumes opostos aos que estariam em conformidade com suas necessidades e com os inúmeros recursos existentes no curral.
Vejamos um fenômeno recente, que está ocorrendo há seis anos.
Alguns já descobriram que existem dois pilares de sustentação de qualquer sociedade: a produção de alimentos e a geração de energia. Fora do curral, a avaliação das sociedades se dá pelo consumo de energia por pessoa; quanto mais energia é consumida, mais avançada é a sociedade. Mas há muitos índios que pensam que isso é coisa de comunista.
O que é coisa de comunista não é bem entendido no curral, porque ora diz respeito à família, mesmo quando a pessoa tem várias e não cuida de nenhuma, basta ser rico ou muito pobre, isso é estranho, não é mesmo?
Também comunista é quem acha que é mais importante cuidar da saúde da indiada do que pagar altos juros pela liberalização do setor financeiro ou para incentivar a exploração ou expropriação do curral por quem nem mora nele.
Voltando à energia, o curral também é riquíssimo. Tem energia de origem fóssil, petróleo e gás, que dá para consumir por um século, tem rios que podem produzir energia por toda vida, tem vegetais que produzem energia da biomassa, tem ventos e sol cuja energia é mais cara, mas está disponível 365 dias por ano, o que não acontece em quase nenhum lugar fora do curral.
E apesar de ter toda essa energia dentro do curral e, o que é muitíssimo importante, ter total conhecimento para produzi-la, os índios compram fora do curral a preços caríssimos, porque a chave ordena a liberalização comercial. E quem for contra, já sabe, é comunista.
Mas nem sempre isso foi assim. Já houve um tempo em que o curral ao invés de feitor tinha presidente. Você nem acredita, mas eu provo.
Foi quando um cientista e político chamado José Bonifácio de Andrada e Silva elaborou um projeto para o curral. Mas antes que pudesse colocar em prática, foi preso e exilado. Morreu pobre e esquecido.
Foi também quando um homem baixinho e gordo, com sorriso simpático, conseguiu ser presidente do curral e teve a aprovação e admiração dos índios e até de estrangeiros que souberam o que ele fazia, procurando imitá-lo. Mas os invejosos do êxito dos índios trataram de afastar este presidente que de tristeza foi levado ao suicídio.
Mais recentemente, no fim do século passado, foi elaborada a lei que orientaria a vida no curral, protegendo os aqui nascidos, defendendo a prioridade dos nacionais para o trabalho e para gozar dos benefícios das riquezas existentes. Nem se passaram 10 anos e o feitor em exercício revogou estes direitos, pelo que o linguajar barroco denominou Emendas Constitucionais. Elas foram cinco em 1995, uma em 1996, duas em 1998, uma em 1999 e em 2002. E ainda não pararam de acontecer.
E agora, quando um novo feitor deve ser escolhido, como está o curral? Vai manter a energia com preço do exterior, de importada, mesmo quando produzida no curral? E as empresas que cuidam da energia serão todas transferidas para a propriedade de estrangeiros, como já se está fazendo? Ficará o curral ainda mais pobre, mais doente, mais ignorante do que antes daquela lei de 1988?
Quem se atreve a restabelecê-la? Estes índios tão bobos que acham o máximo se vestir com casacas?
Observação à indiada. O Brasil teve um compositor genial, que provocou admiração e inveja em todo mundo, chamava Heitor Villa-Lobos. Para minimizar sua importância na história da música erudita, foi-lhe atribuída a pecha, a extravagância de ser um índio de casaca. Razão da nomenclatura aqui usada. Como um intelectual lusitano, pois lá também há comunistas, afirmou com sua arrogante firmeza: “um homem só deve falar, com impecável segurança e pureza, a língua da sua terra: todas as outras as deve falar mal, orgulhosamente mal, com aquele acento chato e falso que denuncia logo o estrangeiro” (Eça de Queiroz, falecido a 16 de agosto de 1900).
Pedro Augusto Pinho, administrador aposentado.
Dia Internacional para Pessoas Afrodescendentes luta pelo fim do racismoBR

terça-feira, 30 de agosto de 2022
Orçamento secreto: integrantes do Centrão recebem 1,5 vezes mais
ELEIÇÕES 2022 —Ibaneis quer ampliar modelo de saúde que virou foco de corrupção no DF

Dia dos Desaparecidos
Agosto
segunda-feira, 29 de agosto de 2022
STF: 1ª Turma confirma decisão que manteve julgamento de Ronnie Lessa pelo Tribunal do Júri; o policial reformado será julgado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
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Eleições DF: quando o erotismo entra na campanha

VITÓRIA DOS USUÁRIOS —Senado aprova projeto que obriga planos a cobrir atendimentos fora da lista da ANS

Anitta é a 1ª brasileira a ganhar o prêmio VMA, nos EUA

Ministro Alexandre de Moraes torna públicos documentos sobre operação que envolve empresários
EDUCAÇÃO —Aos dez anos, Lei de Cotas confirma sucesso e se aprimora contra fraudes

ELEIÇÕES 2022 —Soraya Thronicke ataca Bolsonaro no debate: “Tchutchuca com homens e tigrão com mulheres”
É HOJE, segunda-feira (29/8), A LIVE: Desmontando a cartilha de ataques dos neoliberais contra a Auditoria Cidadã da Dívida (ACD); Participe!!!
SEGUNDA-FEIRA, 29 de agosto de 2022
domingo, 28 de agosto de 2022
O PODER DO EXEMPLO PUNINDO PSEUDOS GOLPISTAS
Domingo, 28 de agosto de 2022
Henrique Matthiesen*
Nada mais didático e eficiente do que o exemplo. A justiça, além de ter seu caráter punitivo, serve, de forma sine qua non, como ação educativa por meio do exemplo, para que maus comportamentos ou pretensões criminosas sejam alertados e advertidos de suas consequências.
Darcy Ribeiro, nosso grande antropólogo dizia: “O Brasil tem uma classe dominante ranzinza, azeda, medíocre, cobiçosa, que não deixa o país ir pra frente.” Primorosa conceituação que se soma a outra frase: “nossa elite tem a mente colonizada.”
É verdade, um dos grandes males de nosso país é a mente atrasada de parte de nossa classe dominante; suas raízes escravocratas e sua falta de aptidão com a democracia e com nossa soberania.
A ação da Polícia Federal, com autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, contra alguns empresários bolsonaristas, que supostamente pregam um golpe de Estado, é essencial e didática.
Diferentemente da liberdade de expressão —valor sagrado de qualquer sistema democrático— a articulação, a pregação, ou o financiamento para atacar a democracia constitui crime, o qual deve ser investigado e punido exemplarmente.
É importante não nos olvidarmos dos exemplos pretéritos de tristes e funestos episódios, onde setores empresariais financiaram e articularam o golpe de 1964; o caso da FIESP e a compra da consciência (se é que tinha) do general Amaury Krüel; sem falar do financiamento dos órgãos de repressão.
Mais recentemente, o papel tosco de setores empresariais na promiscuidade com o Congresso Nacional, cujo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, orquestrou a deposição da presidente Dilma Rousseff e resultou na entrega da Petrobrás aos acionistas internacionais, e a aprovação da reforma trabalhista que retirou direitos dos trabalhadores.
Exemplos não faltam da inaptidão de setores empresariais com a democracia; e, evidentemente, não se pode generalizar: há muitos empresários sérios, corretos, produtivos e democratas. Entretanto, quando a democracia a duras penas conquistada, sofre ataques, é preciso reagir com vigor e firmeza para sua defesa.
Não se pode admitir a impunidade, a promiscuidade e a leviandade que estes empresários tratam a democracia e o país, com tamanha arrogância de se colocar acima da soberania popular.
O Brasil não pode retroceder em suas conquistas democráticas. O comportamento, as ações de vassalagem e desrespeito e os arroubos autoritários não podem ser admitidos.
E fundamental a vigilância constante e ininterrupta da sociedade civil e das instituições para que possamos ter um processo eleitoral justo, tranquilo onde a vontade soberana do povo possa ser exercida e que os eleitos possam governar.
Para estes golpistas a severidade da lei, o escárnio público e o exemplo para que não mais aventuras golpistas germinem em solo brasileiro, assim como também seria didático, que os ventos do norte contribuíssem com a punição (cadeia) de Donald Trump, para que nossas mentes colonizadas e atrasadas, quem sabe, perceberem que ninguém está cima da lei e do respeito à democracia.
* Henrique Matthiesen, formado em Direito e pós-graduado em Sociologia.
Mídia: perto da COP27, Brasil não cumpriu ações acordadas na COP26 e pode ser pária internacional
Domingo, 28 de agosto de 2022
Exército Brasileiro fiscaliza e encontra diversos clubes de tiros no país funcionando sem alvará
Petróleo brasileiro: Soberania é luta de todo dia.
Hoje se glorifica o estrangeiro apelidado “mercado”. Não há qualquer escrúpulo nos dirigentes atuais do Brasil em se humilharem, se auto agredirem imputando as decisões do Estado Nacional à apátrida figura do “mercado”. Quem é esse “mercado” todo poderoso? São as finanças marginais, das drogas, dos contrabandos, da prostituição, da venda de pessoas e de órgãos humanos, associadas aos tradicionais banqueiros, Rothschild, Rockefeller, os donos do Santander, do HSBC, do JP Morgan, Goldman Sachs, entre outros.
São estes que você deseja mandando no Brasil?