Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 31 de julho de 2020

"Não acredito que tenha sido um erro", diz jornalista atacada por Bolsonaro

Sexta, 31 de julho de 2020
Do Brasil de Fato

“Por que o meu nome estava na mesa do presidente da República?", questiona Bianca Santana

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
 
Bianca Santana publicou um artigo sobre a relação entre familiares e amigos de Bolsonaro com os milicianos acusados de assassinar a vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes - Foto: João Benz

Depois de Jair Bolsonaro (sem partido) ser denunciado no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) por 54 casos de ataques do governo contra mulheres jornalistas, o presidente voltou atrás em uma das declarações nesta quinta-feira (30), durante transmissão ao vivo nas suas redes sociais. No vídeo, o capitão reformado pediu desculpas à jornalista Bianca Santana.
“Bacana receber um pedido de desculpas, mas não acredito que tenha sido um erro e fora, Bolsonaro”, defende a jornalista que também integra organizações sociais como a Uneafro e a Coalizão Negra por Direitos, que esta semana lançou uma campanha pelo impeachment do governo de Jair Bolsonaro.


Em maio, ela foi acusada pelo presidente de escrever fake news, com base em um texto que não era de sua autoria. Durante a transmissão, Bolsonaro disse que “cometeu um engano” e que o texto citado não foi escrito pela jornalista, mas que o nome dela estaria no final do texto e por isso teria cometido a confusão.
 
Para a Bianca Santana o reconhecimento é importante, mas a jornalista aponta que o fato de Bolsonaro dizer que leu o nome por engano não é verdade, porque a página referida não continha o nome dela.
Ela ressalta que publicou um artigo sobre a relação entre familiares e amigos de Bolsonaro com os milicianos acusados de assassinar a vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes na mesma semana que a publicação mencionada pelo presidente.



O erro de Bolsonaro em coincidência com a publicação do texto faz com que a jornalista se questione sobre o motivo para seu nome ter sido citado. “Por que o meu nome estava na mesa do presidente da República? Eu continuo querendo saber por que meu nome estava na mesa dele, eu continuo perguntando qual o envolvimento da família Bolsonaro com o assassinato de Marielle Franco e seguiremos perguntando quem mandou matar Marielle”, pontua ela.
Outro ponto levantado por Santana é que o pedido de desculpas individual não muda o fato do presidente e seu governo serem responsáveis pelo maior número de ataques a jornalistas, segundo dados da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), e que a liberdade de imprensa precisa ser assegurado coletivamente para todos.



“É inaceitável que quem comanda o Estado brasileiro em vez de assegurar um ambiente para a liberdade de expressão, liberdade de imprensa seja a que mais ataque diretamente os jornalistas”, denuncia ela, que reitera que seguirá com a ação judicial contra a tentativa de desacredito e humilhação de Bolsonaro com o objetivo de inibir que ele e seu governo "sigam atacando jornalistas".
Edição: Leandro Melito

STJ: Para Segunda Seção, vícios estruturais de construção estão cobertos pelo seguro habitacional

Sexta, 31 de julho de 2020
Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) estabeleceu que os vícios estruturais de construção estão cobertos pelo seguro obrigatório do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), cujos efeitos devem se prolongar além da quitação do financiamento. Para os ministros, o seguro deve cobrir o sinistro concomitante à vigência do contrato, ainda que o defeito de construção só se revele mais tarde (vício oculto).

Covid: após ação do MPDFT, justiça determina atualização do número de óbitos e leitos

Sexta, 31 de julho de 2020
Do MPDF
Transparência e publicidade das informações permitem que cidadãos e órgãos de controle acompanhem as medidas adotadas no enfrentamento do novo coronavírus
A força-tarefa do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) que acompanha as medidas de enfrentamento à pandemia de Covid-19 obteve mais uma vitória na Justiça. A 1ª Vara da Fazenda Pública do DF determinou que o Distrito Federal e o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF) mantenham atualizados número de óbitos e leitos disponíveis reservados para Covid-19 até o fim da pandemia. 
Eles devem atualizar todos os dados referentes ao número de óbitos decorrentes de casos suspeitos e confirmados post mortem, assim como ao número total e à localização de UTI ativas na rede pública e privada; ao número e à localização dos leitos de cuidados intermediários com suporte respiratório disponibilizados exclusivamente para o tratamento da Covid-19; ao número e à localização de leitos de enfermaria sem suporte respiratório; à quantidade disponível de equipamentos de proteção individual (EPI) e à quantidade de testes diários de exames laboratoriais moleculares (do tipo PCR) e de testes de imunocromatografia rápida (IgG e IgM).

Recorde: 19 milhões assinam petição por justiça a George Floyd

Sexta, 31 de julho de 2020




O abaixo-assinado, criado por uma adolescente de 15 anos nos Estados Unidos, tornou-se o maior em toda a história da Change.org no mundo. Kellen, a autora da petição, conta que ficou emocionada por criar a campanha. “Saber que pude fazer a diferença de alguma forma significa muito para mim”, afirmou a jovem.


Fonte: Change.org

quinta-feira, 30 de julho de 2020

"DIGNIDADE NA EDUCAÇÃO - RESPEITE @ PROFESSOR/A" - Ao lado da ciência e da Vida!

Quinta, 30 de julho de 2020


CARTA ABERTA AO GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, EM DEFESA DA VIDA E CONTRA O RETORNO ÀS AULAS E ATIVIDADES PRESENCIAIS!

Quinta, 30 de julho de 2020

O Sinpro/DF apresenta a Carta Aberta de Diretores/as de Escolas Públicas do Distrito Federal que considera inaceitável a reabertura das escolas e a retomada das aulas e das atividades presenciais, especialmente num momento tão grave, onde se constata o avanço da Pandemia do Coronavírus, com o aumento drástico do contágio e do número de mortes. 
O GDF precisa considerar e respeitar as recomendações das autoridades sanitárias, que avaliam como prematuro esse retorno proposto. Nesse momento crucial, o mais importante é preservar as Vidas dos/as profissionais que atuam nas escolas, dos estudantes e de suas famílias!

A carta ao Governador Ibaneis Rocha expõe nossa preocupação e mostra que Vidas Importam! Precisamos pensar na vida, na saúde e no bem-estar de toda a Comunidade Escolar e da população do DF. Assim, à volta às aulas e às atividades presenciais neste momento seria uma aventura genocida, podendo acarretar a morte de milhares de pessoas.

Portanto, solicitamos seu apoio a esta carta e ao seu conteúdo, a fim de sensibilizar o Governador a repensar o cronograma de reabertura das escolas até que a pandemia esteja definitivamente controlada. Por favor, leia a carta enviada ao governador (em anexo), compartilhe e assine seu apoio no link a seguir.


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Importante: Toda a população do DF pode assinar.
A carta será entregue ao governador Ibaneis amanhã, sexta-feira (31/7).

Em meio a #Covid19, distrital do Novo faz convite aberto para Happy Hour

Quinta, 30 de julho de 2020
Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna



Parlamentar do Novo, desconsidera a grave crise sanitária por que passa o Distrito Federal e mesmo as milhares de pessoas que estão infectadas ou até já morreram e faz convite aberto nas redes sociais para um convescote.

Por Chico Sant’Anna

Às 19 horas do dia 30 de julho de 2020, o Distrito Federal registrava 102.342 casos confirmados de COVID-19, sendo que esse cenário resultava de 1.616 casos novos casos em relação ao dia anterior. O Boletim da Secretária de Saúde acusava 1.419 mortes. Para esse mesmo horário, a deputada Julia Lucy fazia um convite aberto a população para um Happy Hour, em um restaurante da CLS 406. “Venha confraternizar e trocar ideia com os filiados e simpatizantes do Partido Novo. Todo dia 30 é dia do Novo”, dizia a propaganda em suas redes sociais.

Brasília tem se indignado diante da realização de festas e baladas regadas a bebidas, especialmente algumas realizadas em lanchas no Lago Paranoá. Mesmo assim, a parlamentar de primeiro mandato demonstra total falta de consideração com as milhares de famílias que estão passando momentos de dor, de desesperança e convida os amigos para um convescote. Nem mesmo para com seus quatro colegas distritais que foram infectados pelo coronavírus [Daniel Donizet (PSDB), Martins Machado e Delmasso, ambos do Republicanos e Iolando (PSC)] ela demonstrou um pingo de respeito.

Em razão de tanta informação errada do GDF, está certíssima a Justiça em determinar que DF e IGESDF mantenham dados do Covid-19 atualizados e acessíveis até o final da pandemia

Quinta, 30 de julho de 2020
O juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública do DF determinou que o Distrito Federal e o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF – IGESDF mantenham atualizados os dados referentes à Covid-19, como número de óbitos e leitos disponíveis, até o fim da pandemia. As informações devem ser prestadas de forma clara nos sites www.coronavirus.df.gov.br, salasit.saude.df.gov.br e igesdf.org.br/prestacao-contas-covid-19 ou outro meio oficial, como os Boletins Epidemiológicos do COE.

Justiça declara inválida licença para construção da Quadra 500 do Sudoeste

Quinta, 30 de julho de 2020

O juiz titular da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do DF julgou parcialmente procedente os pedidos feitos pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios - MPDFT e declarou a invalidade dos atos referentes à licença de instalação do empreendimento “Quadra 500 do Setor Sudoeste”. O magistrado condenou as construtoras à obrigação de obterem licença corretiva, precedida de estudos de impacto ambiental atualizados, bem como a realizar audiências públicas exigidas, no prazo de 180 dias, sob pena de multa no valor de R$ 10 mil por dia de atraso, limitada ao valor global de R$ 500 milhões.
O MPDFT ajuizou ação civil pública contra o DF, o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hidricos do DF – IBRAM e as construtoras Antares Engenharia LTDA e Oeste Sul Empreendimentos Imobiliários S.A, sob a alegação de que as licenças ambientais expedidas para a instalação do empreendimento estavam expiradas e de que seria necessário novo estudo de impacto ambiental. Assim, solicitam a invalidação da licença que permitia o prosseguimento da obra.
Em junho de 2019, o magistrado concedeu liminar para suspender qualquer construção no local. Os réus se manifestaram defendendo que todas as licenças necessárias foram devidamente concedidas, que todas as inconsistências apontadas pelo MPDFT foram superadas e que não haviam empecilhos para o prosseguimento das obras.
Ao sentenciar, o magistrado explicou que os licenciamentos têm prazo de validade instituído por lei e que, no caso, não restam dúvidas que tanto as licenças ambientais, quanto a licença de instalação restaram expiradas pelo tempo. O juiz também ponderou que é possível o prosseguimento das obras desde que o licenciamento seja regularizado, pois o licenciamento válido é "exigência inarredável do ordenamento jurídico".
"Neste descortino, é possível temperar-se os pedidos formulados nos itens “2.2 e 3 do pedido inicial, de modo a permitir-se o prosseguimento do empreendimento, que já está a se estabelecer em modo acelerado, mas com o indispensável licenciamento corretivo, necessário à sanatória da ilegalidade da instalação do empreendimento sem licença ambiental válida”. ressaltou.
Da decisão cabe recurso.
PJe: 0706133-30.2019.8.07.0018

DF: Ex-secretário de transportes e advogado têm condenação mantida por fraude em licitação

Quinta, 30 de julho de 2020
De acordo com ação da Prodep, o ex-secretário violou a Lei de Licitações e Contratos e os princípios da impessoalidade e da moralidade ao contratar o advogado para que atuasse em concorrência
A 3ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) confirmou a condenação do ex-secretário de Transportes José Walter Vazquez Filho e do advogado Sacha Breckenfeld Reck por improbidade administrativa. Os dois fraudaram a licitação da Secretaria de Estado de Transportes para concessão de serviços de transporte público coletivo do Distrito Federal (Concorrência nº 1/2011). A ação foi ajuizada em 2015 pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep).

Pais, professores e médicos são contra volta às aulas sem controle da pandemia

Quinta, 30 de julho de 2020
Do Sinpro DF
O retorno das atividades presenciais expõe mais pessoas ao risco de contaminação e morte pela doença causada pelo novo coronavírus. Campanha da Apeoesp pergunta: Você topa que seja seu filho?


Festas de fim de ano e até o carnaval de 2021 foram cancelados devido a pandemia do novo coronavírus, mas para governos Federal, estaduais e municipais o retorno das aulas presenciais ainda este ano é uma possibilidade, mesmo com inúmeros riscos à saúde e a vida de milhões de alunos, trabalhadores da educação e familiares que podem ser contaminados.

O argumento para a volta às aulas a qualquer custo é que as crianças e adolescentes não podem perder o ano letivo, mas o que vem fazendo governadores e prefeitos desprezarem os cuidados com a saúde e a vida é a pressão econômica dos donos de escolas particulares que temem perder alunos e, consequentemente, lucros.

A maioria das mães, pais, professores e médicos infectologistas são contra o retorno das atividades escolares enquanto a curva de contaminação estiver em alta, com média diária de mais de 40 mil casos confirmados e mais de mil mortes por Covid-19, doença provocada pelo vírus, como vem ocorrendo. 

Se as crianças voltarem às aulas e forem contaminadas podem transmitir o vírus para o pai, a mãe, avós ou mesmo para os educadores. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 123,5 milhões de pessoas moram em domicílios que possuem pelo menos uma pessoa com idade até 17 anos, ou seja, em idade escolar.

MPF e PF atuam contra organização criminosa responsável por tráfico de animais silvestres

Quinta, 30 de julho de 2020
Do MPF*
Nova fase da operação Marraquexe foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (30); mandados são cumpridos em cinco estados
foto mostra apreensão da PF, pele de onça empalhadas com a cabeça
Imagem: Divulgação PF
Investigação do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF) contra organização criminosa acusada de tráfico internacional de animais ganhou nova etapa na manhã desta sexta-feira (30). Cerca de 40 policiais federais participam de nova fase da Operação Marraquexe, que investiga a comercialização ilegal de espécies silvestres, exóticas e em extinção. Com autorização da Justiça, a pedido do MPF, são cumpridos cinco mandados de prisão e dez de busca e apreensão em cinco estados.

Caixa de Pandora: MPDFT pede aumento de pena para 21 anos a ex-deputado Júnior Brunelli

Quinta, 30 de julho de 2020
(Foto: Divulgação)

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Do MPDF
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) interpôs recurso contra a decisão que condenou o ex-deputado Rubens Brunelli a quatro anos e seis meses de reclusão e multa. O documento é assinado pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em 13 de julho.
O Gaeco pede a aplicação da pena em 21 anos, 1 mês e 10 dias de reclusão e o aumento da pena de multa, além de um valor mínimo para a reparação dos danos. O juiz de primeira instância deixou de reconhecer 40 crimes de corrupção passiva, praticados de forma continuada entre 2006 e 2009. A apelação cita provas como vídeos, quebra de sigilo bancário de empresas e planilhas apreendidas com outros integrantes do esquema.

Dia da Amizade

Julho
30

Dia da Amizade

Conforme dizia Carlos Fonseca Amador*, amigo é o que critica na cara e elogia pelas costas.
E conforme diz a experiência, o amigo de verdade é amigo nas quatro estações. Os outro são amigos só de verão.

Eduardo Galeano, no livro 'Os filhos dos dias', 2ª edição, 2012, página 242, L&PM Editores.
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*Carlos Fonseca Amador, fundador da Frente Sandinista de Libertação Nacional, Nicarágua.

quarta-feira, 29 de julho de 2020

A necessidade de ampliar as áreas de conservação e preservação do Distrito Federal

Quarta, 28 de julho de 2020
Por
Salin Siddartha

Música Incidental para ouvir, enquanto se lê o texto:
"CIO da Terra" — Milton Nascimento e Pena Branca & Xavantinho

93% das terras do Distrito Federal estão em áreas de conservação ou preservação. Delas, seis áreas são prioritárias para os benefícios da biodiversidade: Parque Nacional de Brasília, Floresta Nacional de Brasília, Reserva do Guará, Estação Ecológica do Jardim Botânico, Área de Preservação Ambiental do Descoberto e a mata de cerrado situada entre Planaltina-DF e Padre Bernardo-GO – são locais em que o ecossistema do cerrado se encontra em maior grau de preservação. Outra área que deve ser considerada prioritária para a conservação do cerrado é a bacia hidrográfica do rio Maranhão, especialmente em seu alto curso, localizado no DF e no Entorno. Um dos maiores problemas do rio Maranhão é o desmatamento e a pressão antrópica sobre as áreas de preservação, especialmente pela expansão da pastagem e da mineração.

O Distrito Federal precisa ampliar a área de conservada da região, seja pela criação de novas Unidades de Conservação, seja pela proteção da cobertura vegetal em áreas privadas. É a carência de políticas públicas que fragiliza a conservação da área.

É fundamental mapear os pontos de risco para a fauna ou de conflito entre o meio natural e o antrópico para que se possam implantar corredores ecológicos no Distrito Federal, que se complementem e se conectem entre si e a outros corredores de abrangência regional, considerando-se a integração do DF aos corredores remanescentes no Entorno imediato. Os maiores pontos de conflito para a conexão de remanescentes de biodiversidade encontram-se nos cruzamentos das rodovias pela fauna em trânsito. O tamanho reduzido e o isolamento das unidades de conservação colocam em risco as populações da fauna e da flora nelas contidas; esses fatores apontam a necessidade de atuação das instituições governamentais e não-governamentais, visando à conservação da vegetação nativa nas áreas de interstício entre as unidades de conservação de proteção integral.

Cruzeiro-DF, 28 de julho de 2020
SALIN SIDDARTHA

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Este artigo foi publicado originariamente no Jornal InfoCruzeiro 

Deputado bolsonarista quer que o Rio volte a ser Capital Federal

Quarta, 29 de julho de 2020
Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna

Antes da mudança da Capital do Rio para Brasília, em 1960, o Senado Federal funcionava no Palácio Monroe (à direita). Entre 1914 e 1922, ali também funcionou a Câmara dos Deputados. Mas o Palácio não existe mais. Na época do governo do general Geisel, em 1976, foi demolido. Assim como o Legislativo, diversos são os ministérios e autarquias que já não possuem locais para se instalarem-no Rio de Janeiro.


Sem considerar que o Rio de Janeiro possui quatro ex-governantes presos por corrupção, e diversos parlamentares estaduais na mesma situação, sem contar a existência das milícias e da força onipresente do tráfico de drogas, o deputado bolsonarista afirma que levar de volta a capital para a capital carioca ajudaria a reduzir a corrupção no Brasil.

Por Chico Sant’Anna

No ano em que completou 60 anos de existência, Brasília se depara com uma proposta de emenda a constituição, totalmente nonsense, que propõe o retorno do Rio de Janeiro enquanto Capital da República. A brilhante ideia – e que espelha bem a qualidade de grande parte das propostas que o atual Congresso trata – é do deputado bolsonarista, Daniel Silveira (PSL-RJ). Sua justificativa é que o retorno da Capital ao Rio de Janeiro, dar-se-ia fim à decadência econômica e à escalada da criminalidade no Rio de Janeiro.

Depois da agressão proferida à cidade pelo ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, que liberou a sua verborragia deseducada acusando a Capital Federal de ser “um cancro de corrupção e de privilégios”, muitos dos quais ele era um costumas usufruidor, aparece outro correligionário do presidente Bolsonaro para disparar contra Brasília.

Transição para economia verde criaria 15 milhões de empregos na América Latina e Caribe até 2030

Quarta, 29 de julho de 2020
Da ONU Brasil

Relatório de Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostrou que a transição para uma economia de zero emissões líquidas provocaria o desaparecimento de cerca de 7,5 milhões de empregos no setor elétrico baseado em combustíveis fósseis, na extração de combustíveis fósseis e na produção de alimentos de origem animal.
No entanto, essas perdas seriam mais do que compensadas: 22,5 milhões de empregos seriam criados nos setores de agricultura e produção de alimentos baseados em plantas, eletricidade renovável, silvicultura, construção e manufatura.
Energia eólica, limpa e renovável. Foto: Alexander Droeger/CC.
Energia eólica, limpa e renovável. Foto: Alexander Droeger/CC.

DF deve fornecer medicamento não padronizado pelo SUS imprescindível para tratamento

Quarta, 29 de julho de 2020
Do TJDF
O Distrito Federal terá que fornecer a um paciente diagnosticado com fibrose medular avançada medicamento não padronizado pelo SUS, mas que possui registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. A decisão é do juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública do DF.
De acordo com os autos, o autor foi diagnosticado com doença que apresenta complicações de fibrose medular avançada. O paciente foi tratado inicialmente com medicamento que não apresentou resposta satisfatória, motivo pelo qual teve o tratamento alterado para a medicação Ruxolitinibe (Jakavi), indicada pela médica que o acompanha. O DF requereu a rejeição do pedido, sob o argumento de que não há autorização para a cessão de medicamentos em desacordo com a lei vigente.

Centro de Ensino Unificado do Distrito Federal – UDF é multado por descumprimento de decisão judicial

Quarta, 29 de julho de 2020
Do TJDF
O juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública do DF aplicou multa ao Centro de Ensino Unificado do Distrito Federal – UDF por descumprir decisão judicial que determinou que fossem adotados os trâmites internos para que alunos bolsistas selecionados pelo GDF efetivassem suas matrículas na instituição de ensino. A decisão é desta terça-feira, 28/07.

STJ: Ação para reembolso de despesas médico-hospitalares por plano de saúde prescreve em dez anos

Quarta, 29 de julho de 2020
Do STJ
Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que é de dez anos o prazo prescricional para o exercício da pretensão de reembolso de despesas médico-hospitalares alegadamente cobertas pelo contrato de plano de saúde (ou de seguro-saúde), mas que não foram pagas pela operadora.

As nossas rachadinhas são chinesas ou norte-americanas? Somos prisioneiros dos engenheiros do caos!

Quarta, 29 de julho de 2020
Por Cida Torneros

Vista assim do alto, mais parece um céu no chão. Assim diz a canção sobre a Mangueira, que ouvi na voz de Elizeth Cardoso em comemoração aos seus 100 anos de nascimento. 

Olho do céu para a nova guerra fria, regada à plataforma 5G de e ao cruel corona vírus supostamente conspirado pelo comunismo quase capitalista do país milenar de civilização "amarela".

Claro que há total miscelânea de informações rolando nas quebradas como diria Emicida, mano!

Quem não lembra da velha guerra fria Rússia versus Estados Unidos?

Foi longa e inspirou roteiros cinematográficos espetaculares oferecendo as estratégias de espionagem e contra espionagem do século XX.

Entretanto,  nesta primeira metade do século XXI, tudo parece incrivelmente fantástico,  e no fundo, é briga de cachorro grande.  Nessa história,  onde fica o mascote Brasil?

Tem que optar por uma tecnologia 5G, o que pode significar distanciamento de um dos parceiros comerciais que nos sustentam a nível de trocas tanto em exportação quanto em importação.

Carecemos de diplomacia sustentável. O filho do atual presidente do Brasil mete o bedelho na política interna dos grandes países.  Um desastre.

Outro filho já palpitou com os chineses e foi neutralizado.

Um terceiro filho dribla as investigações sobre suas práticas de "rachadinhas" a tentar escapar da punição legal.

Nosso dilema é social. Mas é de postura global também.  Diria que o pequeno-grande Brasil está mesmo rachado. Com a ajudinha funesta da família Bolsonaro.

Nossas representações políticas para embates internos ou externos, seguem sendo "fracas ".

Ao tentarmos resolver questões internas, esbarramos  na condição de dependência de terceiros para garantir a liquidez da sobrevivência econômica desta terra descoberta por Cabral.

Dá um nó na cabeça do cachorro do mapa amazônico. O General Mourão indica a inclinação pró China.

Salvar a Pátria é tarefa hercúlea.  Combater o Covid 19 é uma corrida trapaceada que escancara corrupção além de rumo desordenado de ações.

Rachamos em vários níveis.  Isso é verdade.  Quem ganha ou perde?

O povo sai sempre perdendo. Perde no poder aquisitivo ou até na segurança  da sua vida. Esta vai no embalo de um navegante à deriva. Estamos infectados de vírus das fake News e da violência das facções dos traficantes ou dos milicianos.

Estamos rachados, ou melhor, estamos abandonados à própria sorte. Salvai-nos, Anjos da Guarda! Hora de convocar os soldados do Além. 

Mas como "Deus" é brasileiro, Ele resolverá com certeza. Com justiça até. 

O enigma será desvendado um dia desses. Ainda no século XXI,  após a pandemia.  Quem sobreviver, verá...

CIDA TORNEROS

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Cida Torneros é jornalista aposentada e edita o blog
https://voudebolinhas.blogspot.com/

Cem anos de Florestan Fernandes, um intelectual do povo

Quarta, 29 de julho de 2020
Por


Cem anos de Florestan Fernandes,
um intelectual do povo

22 de julho de 1920 — 10 de agosto de 1995 (75 anos)

“Assim como os homens manifestam sua vida, assim são”.

Karl Marx, A ideologia alemã.
 

Simples como os sábios, bondoso e afável no convívio diário, um dos mais portentosos pensadores brasileiros, Florestan Fernandes era antes de tudo um ser humano exemplaríssimo. Diferenciado. Qual o professor emérito da USP, professor nas universidades de Columbia e Yale (EUA) e Toronto (Canadá), que, padecendo grave hemorragia, optaria por enfrentar uma fila do SUS, numa fria madrugada paulistana, porque esse era o serviço público de que dispunha o povo? Qual de nós, pobres humanos sem crenças, recusaria a expectativa de salvar a vida num hospital dos EUA, oferecida pelo governo federal, porque esse privilégio não era ensejado a todos os brasileiros atingidos, como ele, por grave lesão hepática (que, aliás,  terminaria por levá-lo à morte)? 

Esse homem simples e bom, muito querido pelos que o conheciam de perto, admirado de longe por seus leitores, era, porém, enérgico no confronto das ideias, porque convicto de seu papel transformador numa sociedade de classes excludente e perversa. Preparado para conviver com o debate, professor desde muito cedo, orientador de jovens estudantes, futuros mestres e doutores, formador de discípulos, sua fragilidade física se superava na firmeza com que defendia seus princípios – no centro deles a denúncia do capitalismo e a defesa do socialismo – dos quais jamais se arredou, na cátedra, na pesquisa, na formulação teórica e na vida parlamentar que honrou como muito poucos.

Florestan jamais encarou o fato social a partir de pretensa isenção científica – de resto falsa – porque jamais renunciou ao compromisso ético do intelectual com a ação. Foi na convicção leninista de que “o curso das ideias depende do curso das coisas” que se fez militante. A incursão na realidade cálcica  da vida do povo não limitou os voos do pensador, nem  as formulações pioneiras do teórico. Ao contrário, foram seu sólido alicerce; numa unidade dialética, abriram caminho para o aprofundamento de sua produção acadêmica e científica original – e dele fizeram um dos mais importantes sociólogos brasileiros do século passado, sem dúvida o mais profícuo intérprete do marxismo-leninismo. E essa unidade – a fusão da práxis com a teoria, esta como filha daquela – é uma de suas lições: o intelectual não apenas pode tomar partido, isto é, definir-se diante da história, como deve escolher seu lado. Como lembra o Marx do 18 brumário, se não é possível escolher o momento histórico no qual atuar, pode sempre o homem escolher-se nele, isto é, definir-se. Sartre, em O existencialismo é um humanismo, dirá, com sua própria experiência de vida, que não é apenas possível optar como sempre optamos, pois, quando cruzamos os braços diante da injustiça social estamos tomando o partido do dominador, e, portanto, também optando. Florestan escreverá: “Ou o intelectual se empenha no fortalecimento do movimento socialista, ou ele voltará a ser joguete nas mãos das forças da conservação da ordem”. Numa hipótese ou em outra, ao fim e ao cabo, ele estará definindo seu papel na história.

Niomar Moniz e Roberto Marinho, ela com seu Correio da Manhã, ele com O Globo, optaram diante da ditadura militar, conscientes ambos, uma dos riscos da ação oposicionista, outro dos benefícios da adesão, quanto ao que nenhum dos dois estava errado, como demonstrou a história. Houve empresários que financiaram a “Operação Bandeirantes”, covil civil e militar de repressão, tortura e morte dos adversários do regime. E houve empresários – como Fernando Gasparian – que financiaram o semanário Opinião, trincheira de resistência política.

Nelson Rodrigues e Raquel de Queiroz, dentre muitos, cerraram fileiras na defesa da ditadura, enquanto o outro lado da trincheira foi cavado por jornalistas e pensadores como Antônio Calado, Antônio Houaiss, Ênio Silveira e Carlos Heitor Cony, dentre outros.

É impensável imaginar um Florestan “equidistante” quando o Brasil teve de escolher entre uma aventura autoritária e a proposta de centro-esquerda, como fez em 2018. Os que se omitiram apoiaram, objetivamente, a ascensão da extrema-direita e são hoje cúmplices em seus crimes. Alguns foram seus contemporâneos na USP, foram ou se disseram seus discípulos ou ex-alunos.

Florestan perguntava aos seus colegas intelectuais: “De que lado estamos?”, e ele mesmo respondia simplesmente indicando a margem do rio que escolhera para navegar: ao lado dos oprimidos, humilhados e ofendidos. Essa seara ele conhecia porque era a história de sua existência. Carregava consigo, sem amargura (ao contrário, dizendo sempre que o homem pode transformar a utopia em realidade) o peso das dores do ser humano, das injustiças que incidem  sobre os pobres e os trabalhadores, sobre os marginalizados de todas definições, mas nunca as aceitou como fenômeno natural ou destino traçado pelos deuses. Dedicou sua vida à luta sem quartel contra a dominação de classe.

Para o marxista a miséria não caiu do céu, muito menos o capitalismo, que a alimenta, é um fenômeno natural.  São construções humanas.  No caso brasileiro, uma colonização que se fez a ferro e fogo, ao preço do genocídio das nações indígenas e à custa do escravismo negro, da barbárie, da sevícia e do pelourinho, da fome e da morte de inanição do braço escravo. A tragédia social, a iniquidade de nossos dias, que tanto injuriava Florestan Fernandes, é o grande e inevitável produto do  regime de classes e da acumulação da mais-valia, fruto da exploração do homem pelo homem.

A matriz da militância e pensamento de Florestan Fernandes é o marxismo.   Ele teve sempre presente as relações de classe como relações de poder, mas sobre seu pensamento pode-se repetir o que ele mesmo escreveu sobre Lenin: “Sua total  fidelidade ao marxismo não pressupunha a 'repetição de Marx' ou a ossificação da dialética, e sim a busca de caminhos novos, que só o marxismo podia desvendar, desde que aplicado de forma precisa, exigente e imaginativa, como um saber vivo, em extrínseca conexão com a vida”.

Sua obra, sobre ser radical, jamais fez concessões a influências dogmáticas, restritivas da formulação nova e enriquecedora da teoria marxista, que soube utilizar como método de interpretação do processo histórico, indicador de ações concretas para o movimento social. Seu pensamento não cabia em moldes, seu método de análise  era incompatível com qualquer sorte de acriticismo.

Em Florestan Fernandes o político e o pensador se fundiram,  como se fundiram ação e obra,  ambas se constituindo dialeticamente em um só instrumento de luta pelas transformações sociais. Para ele a História não podia ser vista como obra completa, ou simples sucessão de fatos. Quando se voltava para seu estudo – e ela sempre esteve na base de suas reflexões – tinha presente a questão fundamental levantada por Marx: a história já havia sido revirada em todas as nuanças, e os filósofos já a haviam interpretado de todos os pontos de vista possíveis (Teses contra Feuerbach). Tratava-se, agora, de transformá-la, de alterá-la em benefício das classes sociais desde sempre oprimidas, sem cair seja no vanguardismo, seja no espontaneísmo das massas, para, livre das armadilhas da história determinista, intervir no rumo dos acontecimentos, ora acelerando a crise do capitalismo, ora acelerando seu antídoto, a revolução socialista – cientes porém, as forças populares, de que as reformas sociais terão de iniciar-se ainda sob o capitalismo. O combate à fome, à miséria e ao desemprego é inseparável da prática socialista, hoje.
 

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Solidariedade e repúdio- Nos desvãos do Ministério da Justiça, que já foi ocupado por homens de bem,  instaurou-se uma mini Gestapo, com o objetivo de vigiar (para mais o quê?) não os que forcejam contra a democracia,  mas exatamente aqueles que, como Paulo Sérgio Pinheiro e Luiz Eduardo Soares, dois brasileiros dos mais eminentes, dedicam suas vidas à defesa dos direitos humanos e, presentemente, e por isso mesmo, combatem a onda fascista exalada a partir da presidência da república. O Brasil digno, sem medo, repudia a ameaça soez, ilegal, covarde,  e manifesta seu nojo aos beleguins de plantão.
 

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Artur Moreira Lima – Parabéns ao grande brasileiro em seus primeiros 80 anos.

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*Roberto Amaral é escritor e ex-ministro de Ciência e Tecnologia

terça-feira, 28 de julho de 2020

MP de Contas/DF pede ao Tribunal de Contas do DF que analise a regularidade orçamentária e financeira dos recursos públicos destinados ao enfrentamento da Covid19. Há subutilização dos recursos disponíveis pelo GDF

Terça, 28 de julho de 2020
O Ministério Público de Contas do DF chama a atenção, ainda, para a falta de ações em investimentos em saúde
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Do
MP de Contas do DF

Brasília-DF. 27/7/2020. O MPC/DF protocolou a Representação 52/2020. Por meio dela, em análise preliminar, esclarece que os valores federais, enviados ao DF, para o combate ao novo coronavírus, já somam R$ 674,4 milhões. No entanto, apenas R$ 221,2 milhões, foram incorporados ao Orçamento do DF. Além desses, outros recursos federais podem ser citados, como o auxílio emergencial à população da Capital do país, que não é internalizado no orçamento local, e, por isso, não contabilizados na referida Representação.