Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Subcomandante Marcos: mística revolucionária continua 20 anos após levante zapatista

Quarta, 1º de janeiro de 2013
Do Opera Mundi
Principal porta-voz do comando militar do EZLN, guerrilheiro mexicano tem uma das biografias mais especuladas do mundo
 
Wikicommons

Subcomandante Marcos ao lado do comandante Tacho em La Realidad, Estado mexicano de Chiapas, em outubro de 1999

“Qual a foi a pior mentira que já disseram de você?”, pergunta o entrevistador da rede televisiva espanhola TVE ao guerrilheiro mascarado, de olhar penetrante, voz suave e segura, enquanto segura um cachimbo aceso. “Que sou um símbolo sexual”, responde o Subcomandante Marcos quase sem pensar e em primeira pessoa - ao contrário do que costuma fazer ao representar publicamente o EZLN (Exército Zapatista da Liberação Nacional), movimento indígena insurgente que colocou o estado de Chiapas e o México no mapa revolucionário mundial em 1 de janeiro de 1994. O espanhol ri, enquanto o mexicano sustenta a dureza do olhar.

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Marcos, nome de guerra que adotou esse cidadão cuja biografia pré-EZLN é das mais especuladas dos últimos 20 anos, é capaz de reconhecer sua exagerada exposição midiática, que foi parte do plano de comunicação dos zapatistas, em seu afã de conversar com o mundo.