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(Millôr Fernandes)

terça-feira, 21 de março de 2017

Deputados condenam interdição de Beco da Cultura no Mercado Sul (Taguatinga)

Terça, 21 de março de 2017
Da CLDF
Alguns deputados distritais condenaram na sessão ordinária desta terça-feira (21) a ação de um fiscal da Agência de Fiscalização (Agefiz) que interditou vários espaços no chamado Beco da Cultura, em Taguatinga Sul, antigo Mercado Sul. O deputado Prof. Reginaldo Veras (PDT), morador da região, destacou que o local foi revitalizado na última década e hoje é um importante polo de cultura, ocupado por artistas, artesão e cooperativas. "Estas pessoas trocaram o lixo e a sujeira que tomada conta do lugar e deram espaço à vida", elogiou.

Veras classificou a ação do fiscal de arbitrária e abusiva ao mandar lacrar os espaços. O distrital sugeriu que a Comissão de Direitos Humanos da Câmara acompanhe o caso atentamente. Sugeriu ainda que os fiscais da Agefis passem por cursos de relações humanas.
O presidente da Câmara, deputado Joe Valle (PDT), considerou a ação inadmissível e criticou o "desconhecimento completo" do fiscal. Valle sugeriu a votação de uma moção de repúdio à ação do fiscal.
A deputada Luzia de Paula (PSB) também afirmou que conhece o local e elogiou o trabalho lá desenvolvido. Ela também criticou a ação da fiscalização. "O povo que não respeita a cultura é um povo sem história", completou.
Posto de saúde – Durante a sessão, o líder do PT, deputado Ricardo Vale, destacou audiência pública promovida na manhã de hoje (21), em conjunto com o gabinete do deputado Wasny de Roure (PT), no Núcleo Bandeirante para debater a interrupção do funcionamento 24 horas de um posto de saúde na localidade. Segundo ele, mais de 500 pessoas participaram do debate e criticaram duramente o governo, que desde janeiro interrompeu o funcionamento 24 horas da unidade.
De acordo com o distrital, o posto funcionava ininterruptamente há 35 anos e o atendimento prestado era bastante elogiado pela comunidade. Ao final da audiência, ficou acertado que uma comissão irá tentar um encontro com o governador Rodrigo Rollemberg para fazê-lo mudar de ideia.
Material – O deputado Chico Vigilante (PT) considerou absurda a decisão da justiça que considerou inconstitucional a lei que criou o Programa Cartão Material Escolar. O programa foi criado durante o governo Agnelo Queiroz e consistia no fornecimento de R$ 242 para famílias carentes comprarem material escolar. O governo Rollemberg, alegando falta de recursos, diminuiu o valor para R$ 80.
E agora, segundo Vigilante, a Justiça derrubou a Lei, exigindo a volta da realização de licitações para compra de materiais. Na opinião de Vigilante, a decisão é um retrocesso, pois tira a dignidade das famílias e força o Estado a comprar material de baixa qualidade e padronizado, estigmatizando as famílias de baixa renda.
Vigilante exigiu que a Câmara Legislativa recorra da decisão judicial. 
Luís Cláudio Alves - Coordenadoria de Comunicação Social
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