Terça, 21 de março de 2017
Do SindSaúde-DF
O posto de saúde que já fez até pequenas cirurgias corre o risco de ser fechado
Com os nervos à flor da pele, a população do Núcleo Bandeirante pediu [nesta terça, 21 de março] a manutenção dos atendimentos das especialidades que já existem no
Centro de Saúde e a reabertura do posto de saúde 24h na cidade. Motivos
esses que levaram os distritais Ricardo Valle e Wasny de Roure
realização da audiência pública.
O subsecretário de Atenção Primária da Secretaria de Saúde do DF,
Marcus Quito, tentou de todas as formas convencer os populares,
representantes sindicais e do Conselho de Saúde local que o Programa de
Saúde da Família é necessário para melhoria da saúde.
Segundo ele, Florianópolis, município do Rio de Janeiro e Campinas,
em São Paulo, usam o método que Rodrigo Rollemberg quer implantar. “Essa
é uma proposta de organização experimentada em outros locais e que
funcionam. O centro de saúde como está hoje não é capaz de atender toda a
população”, explicou.
A presidente do SindSaúde Marli Rodrigues disse que só não entende o
clamor do povo quem não quer. “Eles estão aqui para reivindicar o que o
governo está tirando. É fácil chegar aqui para falar que esse modelo não
funciona. Elas querem o programa de saúde da família, mas sem fechar o
serviço que já existe e funciona”, destacou.
Para Maura Lúcia, presidente do Conselho de Saúde do Núcleo
Bandeirante, “o que vier de melhoria é bom, mas sem fechar tudo como a
gestão quer.
Ela lembrou ainda da dificuldade de acesso à Unidade de Pronto
Atendimento (UPA). “A maioria da população não tem carro e depois de
meia noite não tem ônibus. Para piorar lá não atende paciente
classificado como verde ou amarelo”, lembrou.
O morador do Núcleo Bandeirante, Valdemir Has, desabafou que sua
esposa está acamada há 17 anos por ser portadora de esclerose múltipla.
“Durante esse tempo todo, nós recebemos uma visita de médico na nossa
casa”, contou.