Domingo, 17 de julho de 2016
Ela reitera que existem mais provas
Reprodução/SindSaúde
Por Millena Lopes, do Jornal de Brasília
Blog do Sombra
“Tem muita coisa para vir ainda”, diz a presidente do Sindicato dos
Servidores da Saúde (Sindsaúde), Marli Rodrigues, sobre a gravação em
que o vice-governador Renato Santana diz que há um esquema de cobrança
de propina no Governo do DF. “Esta foi uma ponta pequena do iceberg”,
conta ela. A investigação – na esfera federal – dura cerca de um ano e
deve mostrar em detalhes todo o esquema, conforme a sindicalista.
Ela reitera que existem mais provas e que o “áudio do vice ainda é muito pequeno” perto do que está por vir.
Desde que a conversa entre Marli e Santana foi revelada pela revista
IstoÉ, em reportagem de Ary Filgueiras, a presidente do Sindsaúde teme
pela própria segurança e dos filhos, já que têm recebido ameaças
veladas. “Nunca vou concordar que as pessoas morram por falta de
assistência”, conta ela.
Santana foi gravado em uma conversa com Marli, em que diz que há
conhecimento de um esquema de cobrança de propina de 10% na Secretaria
de Fazenda do DF. Explica à sindicalista que tenta desvincular a imagem
dele da corrupção e conta que, por este motivo, adotou a postura de ir
para a rua, por que esta foi a chance que ele viu de sobreviver.
“Rodrigo (Rollemberg) não é governador sozinho, apesar de estar
governando achando que é só ele”, desabafa o vice.