Sexta, 12 de maio de 2017
Da EBC
Em 12 de maio de 1913, nascia José Bispo Clementino dos Santos.
Uma
voz privilegiada, firme e rouca. O timbre raro, o sotaque carioca e a
paixão pela música denunciam o dono da voz. Sim, acertou quem disse
“Jamelão”, um dos maiores interpretes da música popular brasileira.
Cerca
de 100 anos antes de nascer, por volta de 1803, no alto de uma colina
foi erguido um casarão com vista para a baía de Guanabara. Tempos mais
tarde, D. João VI escolheu o lugar para ser o Palácio Real da Casa de
Bragança e a grande casa ficou conhecida como "Paço de São Cristóvão", o
Palácio Imperial.
A nobreza se instalou por ali,
grandes solares foram erguidos e claro que ele não poderia vir de outro
lugar, apesar de ter que ajudar no sustento da casa, foi ali que o
nobre representante de uma época de ouro da música romântica cresceu.
Sua
coroação veio mais tarde como cantor de samba. Levado por um
amigo-músico, Jamelão conheceu o Grêmio Recreativo Escola de Samba
Estação Primeira de Mangueira – para os íntimos, simplesmente Mangueira.
E ele se apaixonou pela escola, e aquele galpão passou a ser a sua
casa.
A Mangueira estava definitivamente gravada no
coração, nas veias, no pulso daquele menino-homem, que começou ainda
muito jovem, tocando tamborim na bateria e depois se tornou um dos
principais intérpretes da Mangueira.
Depois de um longo
período de glória e reconhecimento artístico, aos 95 anos, Jamelão
morre, no Rio de Janeiro, no dia 14 de junho de 2008, O cantor se
despediu do palco e do mundo. Mas deixou de herança a sua voz, a sua
arte e saudades.
História Hoje: Programete sobre fatos históricos relacionados a cada dia do ano. É publicado de segunda a sexta-feira. Acesse aqui as edições anteriores.