Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 23 de maio de 2017

UPA de Ceilândia virou terra de ninguém

Terça, 23 de maio de 2017
Do SindMédico
Sem pessoal suficiente nem condições mínimas de funcionamento, a Unidade de Pronto Atendimento de Ceilândia é um lugar onde ninguém quer trabalhar.

Na terceira visita feita à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia em uma semana, na tarde do sábado (20), o presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), Gutemberg Fialho, e o vice, Carlos Fernando, constataram que não se tem notícia de nenhuma ação para resolver os problemas detectados nas visitas anteriores.

Sob a chuva forte daquela tarte não havia muita gente na recepção, mas lá dentro, na área interna, os pacientes eram muitos para os dois médicos de plantão. Esses dois revelaram a frustração com a situação, pois abem que, sem melhora nas condições de trabalho, dificilmente alguém vai assumir um posto de trabalho na unidade. Não bastasse haver poucos profissionais em serviço, ainda foi feita a remoção de dois para atuar na atenção primária.

“Não é raro ter apenas um médico para atender dos que estão internados, dos menos complicados aos mais graves, que exigem atenção constante e mais os que chegam por conta própria ou trazidos por ambulâncias do SAMU e do Corpo de Bombeiros”, descreve o presidente do SindMédico-DF. Para Gutemberg a situação é inaceitável e a interdição ética é inevitável, caso não se tomem medidas urgentes.

Assista à declaração do presidente do SindMédico-DF após a visita deste sábado.

Na tarde deste sábado, o presidente e o vice do SindMédico-DF verificaram que nada foi feito para corrigir os problemas da UPA de Ceilândia, onde já são poucos os profissionais e alguns ain,da foram removidos para a atenção primária, sem que as vagas fossem repostas. Quem ficou, trabalha no limite de sua resistência.