Segunda, 8 de agosto de 2016
Do Esquerda.Net
O afastamento do Prêmio Nobel
da Economia deve-se à falta de transparência do governo do Panamá, que
recusou assegurar a divulgação das conclusões da investigação do comité.
8 de Agosto, 2016
A
par de Joseph Stiglitz, também o especialista em direito penal suíço
Mark Pieth se demitiu do comitê de investigação dos Panamá Papers que
foi criado a 30 de abril pelo governo de Juan Carlos Varela.
Ambas as demissões foram anunciadas na sexta-feira pelo governo do Panamá, num comunicado em que afirma “compreender ambas as renúncias como diferenças internas sobre as quais não vai entrar em pormenores”.
Também na sexta-feira a televisão local TVN divulgou uma carta de outro membro do comitê, o economista costa-riquenho Roberto Artavia, que esclarece que Joseph Stiglitz se terá demitido em protesto pela falta de transparência do governo, que recusou comprometer-se a divulgar as conclusões da investigação do comitê.
Já o ex-administrador do Canal do Panamá Alberto Alemán, que também integra o comité, escreveu no Twitter que Stigltiz e Pieth acabaram por renunciar “por quererem criar um caso mundial à volta dos Panama Papers”.
“Não foi isso que nos foi pedido, atuamos de forma independente e transparente”, frisou Alemán.
Os estatutos do comitê assinalam que o governo do Panamá tem autoridade exclusiva sobre o conteúdo dos trabalhos e que os membros do comité se comprometem a não divulgar os resultados.
Em abril de 2016, um vasto conjunto de informações divulgado pelo jornal alemão Suddeutsche Zeitung e partilhado pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (CIJI), revelou o enriquecimento ilícito em paraísos fiscais de antigos e atuais líderes políticos, empresários e ainda de figuras ligadas ao desporto e ao cinema.
Leia mais sobre o Panama Papers aqui.
Ambas as demissões foram anunciadas na sexta-feira pelo governo do Panamá, num comunicado em que afirma “compreender ambas as renúncias como diferenças internas sobre as quais não vai entrar em pormenores”.
Também na sexta-feira a televisão local TVN divulgou uma carta de outro membro do comitê, o economista costa-riquenho Roberto Artavia, que esclarece que Joseph Stiglitz se terá demitido em protesto pela falta de transparência do governo, que recusou comprometer-se a divulgar as conclusões da investigação do comitê.
Já o ex-administrador do Canal do Panamá Alberto Alemán, que também integra o comité, escreveu no Twitter que Stigltiz e Pieth acabaram por renunciar “por quererem criar um caso mundial à volta dos Panama Papers”.
“Não foi isso que nos foi pedido, atuamos de forma independente e transparente”, frisou Alemán.
Os estatutos do comitê assinalam que o governo do Panamá tem autoridade exclusiva sobre o conteúdo dos trabalhos e que os membros do comité se comprometem a não divulgar os resultados.
Em abril de 2016, um vasto conjunto de informações divulgado pelo jornal alemão Suddeutsche Zeitung e partilhado pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (CIJI), revelou o enriquecimento ilícito em paraísos fiscais de antigos e atuais líderes políticos, empresários e ainda de figuras ligadas ao desporto e ao cinema.
Leia mais sobre o Panama Papers aqui.