Sexta, 10 de fevereiro de 2017
No Centro de Saúde n°11 da Asa Norte, por exemplo, o combate à DSTs, que é referência, irá para o hospital
Do SindSaúde
2017 avança com mais problemas e nenhuma solução. Agora, Rollemberg e sua trupe querem mexer na atenção primária, prejudicando um serviço que já tem a pior rede de cobertura do país — apenas 30% — e levando servidores ao desespero com a ameaça de retirada de direitos.
Nas regionais, gestores já anunciam que a partir de 16 de março os centros de saúde serão transformados em atenção primária com a implantação do programa Brasília Saudável. Especialidades como ginecologia, pediatria e geriatria, por exemplo, deixarão de ser fornecidas à população que procura os postos. Os atendimentos passarão a ser somente de clínica médica.
Reuniões já foram realizadas em Ceilândia e Taguatinga para avisar os servidores. Aqueles que fazem 40 horas devem integrar o programa se houver necessidade, enquanto os outros automaticamente serão remanejados para os hospitais. “Com isso, os trabalhadores perderão gratificações como a GCET (por Condições Especiais de Trabalho) e a GAB (de incentivo às Ações Básicas de Saúde), ações importantes para a população também correm risco. No Centro de Saúde n°11 da Asa Norte, por exemplo, o combate à DSTs, que é referência, irá para o hospital. Não se sabe também como ficará o pré-natal, pois no fim da gravidez as consultas são constantes. Os hospitais terão condições de atender todos esses pacientes em ambulatórios?”, questiona a presidente do SindSaúde-DF, Marli Rodrigues. “Quero batizar a SES-DF como Secretaria de Estado de Bagunça. Não vamos aceitar a destruição do modelo de atenção primária”, completou.
“Isso nada mais é do que modus operandi para entregar às organizações sociais, como ocorre no Rio, onde os postos também só atendem clínica médica. Vai ter reação do SindSaúde à respeito, não tenham dúvidas”, finalizou Marli.
Em nota, a Secretaria de Saúde disse que o programa ainda está em fase de formulação e que informará a respeito quando houver definições. A Pasta também não confirmou a data de início das novas medidas.
