Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 10 de junho de 2017

Maioria do TSE salva Temer mas relator Herman Benjamin mostra ao País como “manada de elefantes da Odebrecht” corrompeu eleições presidenciais de 2014

Sábado, 10 de junho de 2017
Do Blog Bahia em Pauta
Herman Benjamin: infatigável na busca das provas e da verdade…


..Marcelo e Emílio: condutores da “manada de elefantes da Odebrecht”


ARTIGO DA SEMANA

Do TSE à Papuda: elefantes e fios desencapados em Brasília

Vitor Hugo Soaresjornalista, editor do site blog Bahia em Pauta.
“O pau que bate em Chico deve bater também em Francisco”, proclama o ministro-relator, Herman Benjamin, escandindo calmamente cada palavra, com destreza de hábil esgrimistas verbal, apesar da rouquidão causada pela gripe inclemente que o ataca há dias, além de adversários explícitos ou mal disfarçado à sua volta, que o interrompem a cada instante para levá-lo à exaustão. Ou fazê-lo fraquejar na apresentação de indícios, provas e argumentos na relatoria do processo, sem precedentes na história da justiça eleitoral brasileira, pedindo a cassação da chapa Dilma (PT)-Temer (PMDB), nas presidenciais de 2014. O ex-vice, agora encastelado no poder, balança, mas faz das tripas coração para não desabar e recebe sinais de que as manobras parecem dar resultados, a deduzir pela decisão da maioria dos julgadores (4 a 3) de retirar do processo as provas arrasadoras da delação da Odebrecht e dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura.
Sem gritos, sem chiliques, sem presepadas (para usar uma expressão típica do baianês), Benjamin protesta. E cita o ministro Gilmar Mendes, sentado ao seu lado, na presidência do julgamento transcendente. “Essa ação não poderia existir sem a inclusão da matriarca chefe dessa manada de elefantes predadores das savana, que é a Odebrecht”. E relata com fatos, gráficos e depoimentos, longos anos ininterruptos de atuação corrupta e corruptora do mega-império do setor privado, em amplo e irrestrito conluio com governos, políticos, gente de altos e baixos escalões do poder público, como vai ficando cada dia mais flagrante para a sociedade brasileira, e para o mundo, nestes dias temerários de circulantes malas recheadas de propinas, ou a título de régias “aposentadorias” pagos aos donos do poder, para quando a queda acontecer, se acontecer.