Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Nota de esclarecimento da procuradora da República Caroline Maciel sobre matéria da Istoé

Sexta, 16 de junho de 2017
Do MPF

A procuradora afirma que a revista deturpou conversas privadas e sigilosas ocorridas entre então colegas de Diretoria da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR)

Nota de esclarecimento da procuradora da República Caroline Maciel sobre matéria da Istoé

Acerca da matéria da Istoé (“O jogo político de Janot”), a procuradora da República Caroline Maciel esclarece que a revista deturpou as conversas privadas e sigilosas ocorridas entre então colegas de Diretoria da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).


Os diálogos, na verdade, diziam respeito à adoção de postura de membros da diretoria no sentido de evitar apoio a qualquer candidatura ao cargo de procurador-geral da República, cujo processo de inscrição estava aberto, entretanto com período de campanha ainda não iniciado.

Mesmo diante disso, a revista optou, de forma irresponsável, por publicar as conversas parcialmente, com ilações a partir de palavras mais fortes que simplesmente externavam preocupações com eventual acirramento dos ânimos e com possíveis conversas de corredores que viessem a ocorrer entre aqueles que defendessem seus respectivos candidatos. O fato é que, se na íntegra estivesse a publicação, verificar-se-ia que a procuradora da República preocupa-se em manter-se isenta na disputa.

No que concerne à reunião com o senador José Agripino, houve um encontro protocolar, pelo fato de a procuradora ser chefe administrativa da unidade do Ministério Público Federal do Estado do Rio Grande do Norte. Na ocasião, falou-se da investigação anunciada pela Procuradoria-Geral da República, entretanto a procuradora alegou não ter qualquer acesso à investigação realizada de maneira técnica e imparcial pela PGR.

Ainda durante o encontro institucional, a procuradora manifestou seu desconforto às equivocadas queixas feitas pelo senador a colegas, sendo certo que em absolutamente nada a reunião produziu resultados na operação Lava Jato, conduzida de maneira exemplar pelo procurador-geral da República e pelos membros do MPF que atuam nas demais instâncias.

A procuradora preza pelo respeito à escolha da classe, que será concretizada no final deste mês de junho, e está convicta de que seus comentários presentes nos áudios, feitos na época em conversa privada com o colega de diretoria da ANPR, não foram confirmados pela realidade dos acontecimentos, especialmente em relação ao comportamento do procurador-geral da República.