Quinta, 15 de maio de 2014
Ivan Richard-Repórter da Agência Brasil
O Conselho de Ética da Câmara instaurou hoje (15) dois
processos que podem resultar na cassação do deputado Luiz Argôlo (SD-BA) por de
quebra de decoro parlamentar. Os dois processos, no entanto, terão o mesmo
relator, que será escolhido entre os deputados Cesar Colnago (PSDB-ES), Izalzi
(PSDB-DF) e Marcos Rogério (PDT-RO), sorteados nesta quinta-feira pelo
colegiado.
Argôlo foi flagrado em escutas telefônicas e mensagens de
texto mantendo diálogo com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia
Federal (PF) durante a Operação Lava Jato. Ele também é suspeito de ter tido
contas pagar por Youssef e recebido dinheiro do doleiro no apartamento
funcional da Câmara.
Com a instauração dos processos, o Conselho de Ética fará
cinco tentativa de notificar Argôlo. Depois disso, será dado prazo de dez dias
úteis para que o deputado apresente a defesa escrita. O presidente do
colegiado, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), disse que deve definir o nome do
relator até amanhã, depois de conversar com os três sorteados.
Ele informou também que vai encaminhar à Mesa Diretora
pedido para que os dois processos sejam apensados. “Não tem cabimento colocar
dois relatores [diferentes]”, ponderou Izar.
O primeiro foi protocolado pelo PSOL e, o segundo, pela
própria mesa, depois de aprovar relatório da Corregedoria. Os dois processos
têm prazos diferentes. O da mesa não necessita de relatório preliminar,
diferentemente do apresentado por partido político. Os dois têm prazo de 90
dias para a conclusão. No caso do processo aberto a partir da representação da
mesa, esse prazo já está sendo contado.