Domingo, 18 de maio de 2014
Baianos participarão da economia cubana
Data: 18/05/2014
Um
grupo de empresários baianos reuniu-se ontem, em Salvador, com a cônsul
de Cuba, Laura Pujol, dando início a negociações que poderão resultar
em investimentos na ilha caribenha, estimulados pela criação da Zona de
Desenvolvimento de Mariel, onde a Odebrecht, com financiamento do BNDES,
constrói um porto.
A ZDM se distribui por uma área de 453 km², cerca de 50 km ao norte de Havana, e, para viabilizá-la, a Assembleia Nacional reformulou, no mês de abril, a legislação sobre capital estrangeiro, incluindo isenção fiscal por dez anos e a elevação de 70% para 85% por cento da parte dos lucros que pode ser remetida ao país de origem.
Com exceção da saúde, educação, forças armadas e meios de comunicação, qualquer segmento pode instalar-se na nova cidade industrial, que terá infraestrura adequada à implantação de empresas de tecnologia limpa. O foco principal são a biotecnologia e a produção farmacêutica, mas há áreas reservadas para a energia renovável, agricultura de alimentos, turismo e projetos imobiliários.
Cuba atravessou grave crise econômica desde a desagregação, em 1989, da União Soviética, com a qual mantinha fortes laços econômicos. A iniciativa que agora busca consumar tem o objetivo de alcançar um crescimento anual de 6% a 8%, o que torna indispensável a participação do capital estrangeiro.
Submetido desde 1962 ao embargo comercial dos Estados Unidos, o país espera atrair, com a nova política, US$ 2,5 bilhões por ano. Atualmente, 15 nações têm negócios em seu território. A maior presença é da Espanha, mas lá estão também Itália, Canadá, Venezuela, França, Grã-Bretanha, Holanda, China, México, Angola, Alemanha, Panamá, Brasil, Chile e Rússia.
A ZDM se distribui por uma área de 453 km², cerca de 50 km ao norte de Havana, e, para viabilizá-la, a Assembleia Nacional reformulou, no mês de abril, a legislação sobre capital estrangeiro, incluindo isenção fiscal por dez anos e a elevação de 70% para 85% por cento da parte dos lucros que pode ser remetida ao país de origem.
Com exceção da saúde, educação, forças armadas e meios de comunicação, qualquer segmento pode instalar-se na nova cidade industrial, que terá infraestrura adequada à implantação de empresas de tecnologia limpa. O foco principal são a biotecnologia e a produção farmacêutica, mas há áreas reservadas para a energia renovável, agricultura de alimentos, turismo e projetos imobiliários.
Cuba atravessou grave crise econômica desde a desagregação, em 1989, da União Soviética, com a qual mantinha fortes laços econômicos. A iniciativa que agora busca consumar tem o objetivo de alcançar um crescimento anual de 6% a 8%, o que torna indispensável a participação do capital estrangeiro.
Submetido desde 1962 ao embargo comercial dos Estados Unidos, o país espera atrair, com a nova política, US$ 2,5 bilhões por ano. Atualmente, 15 nações têm negócios em seu território. A maior presença é da Espanha, mas lá estão também Itália, Canadá, Venezuela, França, Grã-Bretanha, Holanda, China, México, Angola, Alemanha, Panamá, Brasil, Chile e Rússia.
Obras públicas realizadas sem corrupção
Data: 18/05/2014
Pedindo reserva dos nomes e das empresas baianas interessadas, por questão estratégica, o porta-voz do grupo disse a Por Escrito
que o fator mais importante para o desejo de investir na ilha é a
segurança financeira. “Em mais de dez anos de relações com o BNDES, Cuba
nunca atrasou um pagamento dos empréstimos”.
No caso do porto de Mariel, do total previsto de US$ 957 milhões, o banco financia US$ 682 milhões, enquanto o governo cubano entra com o aporte de US$ 275 milhões, já depositados na instituição brasileira. A fonte cita ainda como motivadores dos negócios a correção dos operadores cubanos e a qualidade da mão de obra.
“Pessoas ligadas à Odebrecht garantem que lá não tem ‘por fora’, foi a própria empresa que fez a medição das obras de Mariel e determinou o custo. E todos os oito mil trabalhadores inscritos para seleção preencheram e assinaram as fichas, não são analfabetos funcionais”. A situação decorre do proverbial sistema educacional de Cuba, “que tem mestres de obra com nível de engenheiro”.
O empresário entende que embargo norte-americano está se aproximando do final. “Na Flórida, onde se concentram os cubanos que vivem nos Estados Unidos, uma pesquisa do Departamento de Estado mostrou que 62% da população são contra o bloqueio, não há mais clima para sua manutenção”.
No caso do porto de Mariel, do total previsto de US$ 957 milhões, o banco financia US$ 682 milhões, enquanto o governo cubano entra com o aporte de US$ 275 milhões, já depositados na instituição brasileira. A fonte cita ainda como motivadores dos negócios a correção dos operadores cubanos e a qualidade da mão de obra.
“Pessoas ligadas à Odebrecht garantem que lá não tem ‘por fora’, foi a própria empresa que fez a medição das obras de Mariel e determinou o custo. E todos os oito mil trabalhadores inscritos para seleção preencheram e assinaram as fichas, não são analfabetos funcionais”. A situação decorre do proverbial sistema educacional de Cuba, “que tem mestres de obra com nível de engenheiro”.
O empresário entende que embargo norte-americano está se aproximando do final. “Na Flórida, onde se concentram os cubanos que vivem nos Estados Unidos, uma pesquisa do Departamento de Estado mostrou que 62% da população são contra o bloqueio, não há mais clima para sua manutenção”.
Abertura das fronteiras não gerou êxodo
Data: 18/05/2014
A
reformulação no plano econômico em Cuba está sendo acompanhada de
mudanças na área política, com a decisão, tomada em janeiro do ano
passado, de abrir as fronteiras do país. “Só entre Havana e Miami, há de
três a cinco voos charter por dia, e todos vão e voltam lotados, desmistificando aquela história de que haveria um êxodo com a abertura”.
A fonte, com a experiência de viagens à ilha, atribui a resistência
da população, mesmo vivendo sem a disponibilidade de muitos bens de
consumo que hoje são comuns na maior parte do mundo, às condições
favoráveis que ainda encontram, especialmente na saúde e na educação.
“Em todo o mundo, somente o Canadá tem mortalidade infantil inferior à
cubana. E na mortalidade adulta, só o Canadá e a Costa Rica”, afirmou,
acrescentando que o índice de alfabetização chega a 99,2% e que nestes
mais de 20 anos de dificuldades Cuba registrou 600 patentes de
biotecnologia, a maior parte voltada para a saúde.
====================
O Blog Por Escrito é editado pelo jornalista Luís Augusto Gomes.
====================
O Blog Por Escrito é editado pelo jornalista Luís Augusto Gomes.
