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(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Auditoria determina interdição do Hospital gerido por OS em Goiânia; "Objetivo da interdição é a preservação da saúde e da vida de trabalhadores e pacientes daquela unidade hospitalar", afirma o MPF

Quinta, 2 de maio de 2019
Do
Ataque aos Cofres Públicos

Auditoria determina interdição do Hospital gerido por OS em Goiânia

Fonte: Dia On Line
Gerido pela organização social (IGH), o Hospital Materno Infantil (HMI) de Goiânia (GO) teve os postos de enfermagem e as enfermarias interditados devido a problemas de limpeza e higienização hospitalar. E mais: apresentaram problemas na estrutura e falta de condições de conforto e higiene para os trabalhadores.

Os problemas são parte do diagnóstico apontado por uma auditoria que durou quatro meses no local e que foi acompanhada de perto pelo Ministério Público Federal (MPF).

O documento foi elaborado pela Superintendência Regional do Trabalho (SRT), com a interdição total da unidade hospitalar.

Além da SRT e o MPF, participaram da ação fiscais do Conselho Regional de Farmácia e constaram durante os levantamentos problemas na instalação elétrica, na estrutura do hospital, hidráulica, superlotação e degradação do prédio, entre outras irregularidades.

Conforme publicação de um Jornal local, o documento que determina a interdição do hospital vai ser entregue a Secretaria do Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), e a organização social (OS) Instituto de Gestão e Humanização (IGH), responsável por gerir a unidade. A coordenação do hospital tem o prazo de 10 dias para apresentar um cronograma para desocupação do prédio.

O termo que vai ser entregue amanhã, impede também a entrada de novos pacientes no Materno Infantil até a farmácia ser regularizada.
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Direitos Humanos: Nota de esclarecimento sobre a interdição do Hospital Materno Infantil (HMI) de Goiânia

Do MPF
Objetivo da interdição é a preservação da saúde e da vida de trabalhadores e pacientes daquela unidade hospitalar

O Ministério Público Federal (MPF) em Goiás esclarece que o Termo de Interdição (TI) do Hospital Materno Infantil é resultado de quatro meses de minuciosa auditoria da Superintendência Regional do Trabalho em Goiás (SRT/GO), acompanhada pelo próprio MPF e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em Goiás.


De acordo com o procurador da República Ailton Benedito, a decisão pela interdição do HMI foi ponderada, razoável e unânime entre os órgãos envolvidos. O objetivo da medida, segundo o procurador, é a preservação da saúde e da vida de trabalhadores e pacientes daquela unidade hospitalar. “Cabe aos órgãos e entidades responsáveis pelo HMI e à própria sociedade a reflexão sobre a continuidade das atividades de um hospital público, especialmente voltado a gestantes e recém-nascidos, naquele contexto caótico”, pontua Benedito.

Por fim, o MPF esclarece que a interdição está focada, neste momento, no fluxo de pacientes baseado nos sistemas de regulação do SUS, com o fito do não encaminhamento de pacientes acima da capacidade de atendimento do hospital. A partir da entrega do Termo de Interdição, ocorrida na manhã de terça-feira (30), foi dado o prazo de dez dias à Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES/GO) e ao Instituto de Gestão e Humanização (IGH) para a apresentação de um plano de contingência que deverá conter, entre outros itens, as ações tomadas em curto, médio e longo prazos para que o HMI ofereça as mínimas condições de atendimento.