Quinta, 24 de maio de 2019
No dia da infantaria, 24 de maio, uma homenagem à Rainha das Armas.
Saudosos tempos aqueles do 19º Batalhão de Caçadores, o Batalhão Pirajá, aquele que ajudou a expulsar as tropas portugueses da Bahia; o querido 19º BC.
Saudade dos rigorosos treinamentos nas matas de Salvador e do Estado da Bahia, muitas das áreas que hoje, infelizmente, foram tomadas pela especulação imobiliária.
Saudades das marchas, especialmente as noturnas, exercícios atravessando rios, córregos, charcos e lagoas que, ao serem profundos, eram vencidos com a passagem sobre UMA corda, mas cada infante tendo que carregar todas suas armas e demais apetrechos. Terrível quando já com a farda molhada de anterior travessia de riachos e rios. Sem bússolas. Com um FAL (Fuzil Automático Leve, calibre 7,62, tiro certeiríssimo, precisão absoluta), ou uma Colt 45 (que maravilha! Uma porrada de uma tonelada), uma boa faca e uma mochila-barraca (daquelas antigonas) nas costas. Quem não usava a Colt ponto 45 tinha que se virar com o "canhão" Smith & Wesson, também ponto 45. Alguns outros usavam a submetralhadora Ina 45 (havia também a submetralhadora Colt 45, mas que seu uso estava sendo pouco a pouco abandonado pelo Exército).
Saudades, sim, desses exercícios noturnos sem direito a usar lanternas, acender cigarro, provocar qualquer luz, mesmo que simples faísca, quase em silêncio absoluto, para não dar bobeira para o 'inimigo'. Normalmente nem parar para descanso ou mesmo engolir (argh!) uma ração fria (fria porque não se podia acender fogo) e de gosto e consistência horríveis.
Tendo que enxergar feito gato, no breu da noite.
Era a Infantaria! A Rainha!
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*Republicação de postagem do dia 24 de maio de 2018