Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 3 de maio de 2019

E se tirassem de você tudo o que você mais ama?

Sexta, 3 de maio de 2019

Olá,

Um dia você está em casa com seus filhos, no outro, em outro país, sem eles. Três mil quilômetros e uma ordem de expulsão separam vocês. Assim, rápido, sem muitas explicações. As crianças ficam para trás e você não teve nem a chance de despedir.
Parece ficção, mas é a história de Vanessa, uma peruana, de 33 anos, que chegou à Argentina há mais de 15 anos.
Em 2013, foi condenada, em um curto julgamento, a quatro anos de prisão por venda de narcóticos. Depois de cumprir sua sentença, em 2014, Vanessa procurou se reintegrar à sociedade argentina, começou a estudar e se tornou enfermeira. A vida dela e de suas crianças estava normalizada. Mas, em fevereiro, tudo mudou. 

A Direção Nacional de Migração decidiu expulsá-la do país, ignorou sua atual situação e a existência de seus filhos. Além de tudo isso, recusou seu recurso e nem sequer avisou Vanessa da decisão. Em fevereiro, ela foi detida com seu bebê, de 2 anos. Três dias depois, foi deportada, sem nem ao menos poder se despedir de seus outros filhos, de 6 e 12 anos. Desde então, nunca mais pode ver suas crianças. Sua expulsão viola o direito à vida em família, à unidade familiar e os direitos da criança, garantidos pela legislação nacional e por tratados internacionais. 

A Direção Nacional de Migração deve reverter a ordem de expulsão contra Vanessa, permitir que ela retorne à Argentina e garanta sua reunificação familiar com seus filhos.

 
Com esperança,
Equipe Anistia Internacional