Quinta, 7 de maio de 2020
Por
Helio Fernandes*
Bolsonaro e Moro ocupando o mesmo espaço dividido ou conjugado, antes de chegarem ao poder, íntimos e aparentemente aliados. Na verdade foram amigos e inimigos, com exageros e restrições de parte a parte.
Bolsonaro presidente, Moro ministro, chegaram ao auge da ligação. E o presidente, ao máximo da leviandade verbal e de admiração. Que ele mesmo publicou textual: "Moro é patrimônio nacional".
Como era opinião, não precisava de provas e sim de convicções. Era uma identificação inabalável, para sempre. Mas é absurdo pedir coerência a um personagem como Bolsonaro.
Moro foi tão hostilizado por Bolsonaro, que só lhe restou a opção da demissão. Na despedida fez traumáticas acusações ao presidente. Mas com provas, num depoimento de 8 horas e 15 minutos. Reiterou tudo, com tremenda repercussão.
Se pedissem a este repórter que sintetizasse numa frase o conjunto das acusações de Moro, não teria problema, é simples e contundente. É o pedido de Bolsonaro presidente ao Moro ministro. Textual e entre aspas.
"você tem 27 superintendências na Polícia Federal. Eu só quero uma, a do Rio de Janeiro".
A justiça irá decidir. Mas Bolsonaro quebrou todos os padrões impostos e exigidos de um presidente.
PS- Os dois ainda se enfrentarão, certamente na Justiça. Pode ser mesmo na Justiça Eleitoral.
Estrondoso e assustador o crescimento no Brasil, do coronavírus
Há 20 dias publiquei: a grande preocupação da direção da OMS, "era a América Latina". Principalmente Brasil e EUA.
Nesse momento, todos os médicos, cientistas, profissionais, reconheciam: o Brasil é o país que menos SEGUE conselhos e recomendações da Organização.
Situação atual. Dos 173 países da ONU, o Brasil, na lista dos 10 mais atingidos, (mortos e infectados) é o número 9. Ultrapassou até a China.
PS- Todos conhecem e reconhecem o incentivador da tragédia.
Duas participações positivas no STF
PRESIDENTE Toffoli repudia ação de Bolsonaro: "Temos que atuar contra os que atacam a LIBERDADE DA IMPRENSA E AGRIDEM JORNALISTAS. Fora da democracia não existe solução".
Celso de Mello dá 72 horas, (já começou a contagem) para o governo enviar “vídeo sobre reunião".
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*Fonte: Blog Oficial do Jornal Tribuna da Imprensa. Matéria pode ser republicada com citação do autor.