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(Millôr Fernandes)
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sábado, 17 de setembro de 2022

MISÉRIA —Distrito Federal tem 32% da população em insegurança alimentar grave ou moderada

Sábado, 17 de setembro de 2022
                                                                Foto: Agência Brasil
Fome já atinge 13,1% da população da capital, o segundo pior percentual do Centro-Oeste

Pedro Rafael Vilela
Brasil de Fato | Brasília (DF) | 16 de Setembro de 2022

Novas informações do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (Vigisan), divulgado essa semana, mostra o quadro da fome nos estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal.

Os dados são um desdobramento da pesquisa realizada pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN) entre novembro de 2021 e abril de 2022. As análises abrangem uma amostra de 12.745 domicílios localizados em áreas urbanas e rurais.

O flagelo da fome, que atinge atualmente mais de 30 milhões de pessoas no país, também é expressivo quando se olha para a capital da República. No DF, cerca de 13,1% da população está em situação de grave insegurança alimentar, ou seja, passam fome. Isso se dá por falta de dinheiro para comprar alimentos ou preparar refeições, fazendo uma única refeição ou ficando o dia inteiro sem comer.

Considerando uma população atual estimada em pouco mais de 3 milhões de habitantes, os famintos do DF somam cerca de 394 mil pessoas. Trata-se do segundo pior resultado entre os estados do Centro-Oeste. Apenas no Mato Grosso, onde 17,7% da população passa fome, a situação é pior do que no DF.

Além disso, cerca 19,1% da população que vive no DF sofre com insegurança alimentar moderada. Esse quadro é caracterizado pela Rede PENSSAN como aquele em que há uma redução quantitativa de alimentos ou ruptura nos padrões de alimentação resultante de falta de alimentos.

Quando se soma a população que passa fome com a que vive numa situação de insegurança alimentar moderada, o percentual vai a 32,2%, o que dá aproximadamente 969,5 mil pessoas, ou seja, mais de um terço da população da capital. Nesse quesito, o DF tem a pior situação entre todas as unidades da Federação do Centro-Oeste.