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(Millôr Fernandes)
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domingo, 7 de setembro de 2025

Julgamento no STF é ‘oportunidade histórica’ para enfrentar tutela militar, avaliam pesquisadores e José Genoino

Domingo, 7 de setembro de 2025

Possível condenação de generais por tentativa de golpe expõe papel das Forças Armadas e debate sobre reformas


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57:23

04.SET.2025 ÀS 20H45
ATUALIZADO EM 05.SET.2025 ÀS 18H18


Brasil de Fato — 
04.SET.2025
ATUALIZADO EM 05.SET.2025 ÀS 18H18

Em entrevista ao podcast Três por Quatro, do Brasil de Fato, Ana Penido e Jorge Rodrigues, pesquisadores do Instituto Tricontinental e do Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional, e o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino analisam o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus no Supremo Tribunal Federal (STF), que trata da tentativa de golpe após a eleição de 2022. Para eles, o processo tem um caráter inédito e pode abrir caminho para reformas estruturais nas Forças Armadas.

Na avaliação de Ana Penido, o julgamento em curso rompe padrões históricos. “É inédito por um conjunto de variáveis”, diz. Ela destaca, primeiro, a escolha do foro: “estamos vendo esse julgamento acontecer no sistema de Justiça civil”, e não na Justiça Militar, o que, para ela, evita civis e militares de “cometer o mesmo crime” e receberem “penas distintas” por estarem em “sistema jurídico” diferentes.

Outra novidade, afirma, é ver “as altas patentes” no banco dos réus, inclusive um “militar da ativa”, o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que pediu para sair do Exército no início desta semana. O processo, conforme a especialista pontua, contrapõe a ideia de que “militar nunca é condenado”. “Os militares de esquerda […] foram extremamente punidos; isso não aconteceu nas tentativas à direita”, destaca.