Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)
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terça-feira, 11 de novembro de 2014

México: “Se não há justiça para o povo, que não haja paz para o governo!”

 Terça, 11 de novembro de 2014



Ruben Blades

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*Charles Rosa

“Se não há justiça para o povo, que não haja paz para o governo”
Emiliano Zapata

“A dónde van los desaparecidos
busca en el agua y en los matorrales
y por qué es que se desaparecen
por qué no todos somos iguales
y cuándo vuelve el desaparecido
cada vez que lo trae el pensamiento
cómo se le habla al desaparecido
con la emoción apretando por dentro”
(Trecho da canção “Desapariciones”, Maná)
“Fue el Estado! Fue el Estado!”
Cartaz na marcha em vigília pelos estudantes

Desde o dia 26 de setembro, quarenta e três estudantes da Escola Normal Rural ‘Isidro Burgos” gritam. Foram e continuam desaparecidos pelo Estado mexicano e pelo cartel Guerreros Unidos, mas mesmo assim gritam. Se não diretamente, gritam por intermédio de milhares de mexicanos que diariamente (há 6 semanas) vêm saindo às ruas, ocupando praças, paralisando escolas e universidades, interrompendo estradas,  incendiando palácios, ocupando pedágios, derrubando governantes, agitando as redes sociais do México. Nos cartazes, nos memes, nas palavras de ordem, nos tweets, nas intervenções artísticas, a denúncia é uníssona: o sangue da juventude mexicana escorre pelas mãos dos políticos do país. E isso já não é mais suportável.
De fato, viver no México, quando se nasce pobre,  é mais perigoso do que na média dos países de capitalismo periférico.