Domingo, 2 de junho de 2024

© Rovena Rosa/Agência Brasil
Para o ministro, polícia sem controle é, na verdade, uma milícia
Por Camila Boehm - Repórter da Agência Brasil - São Paulo
O ministro de Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida criticou a atuação da Polícia Militar do estado de São Paulo na Baixada Santista, durante as operações Escudo e Verão. "Quem aposta nesse modelo de polícia, em que o policial mata indiscriminadamente, mas ele também morre, é tudo menos moderado. É um radical, um extremista, que não tem nenhum tipo de apego ao que determinam as leis, a Constituição e as normas dos direitos humanos", disse durante agenda na tarde de hoje, na capital paulista, após ser questionado em coletiva de imprensa.
"O que me parece, portanto, é que se instaurou no estado de São Paulo uma espécie de licença para que os policiais possam agir da maneira que quiserem, sem nenhum tipo de controle. E nós sabemos já, uma polícia que não tem controle não é polícia. Porque os controles da polícia são os controles da legalidade. Uma polícia que se perde o controle deixa de ser polícia e vira uma milícia", ressaltou.
Segundo ele, quem defende que segurança pública é simplesmente licença para matar não entende da questão. O ministro acrescentou que isso é um jogo que vai enganando a população, enquanto se vê o crescimento dos índices de violência. "Quem está se sentindo mais seguro com a polícia sem controle? Ninguém se sente seguro."