Sábado, 6 de junho de 2020
Da
06/06/20 por Arthur Stabile
Afastado da assessoria de imprensa do órgão, Fernando de Oliveira afirma que lista de “assuntos sensíveis” ao presidente começou a ser feita em agosto de 2019
Fernando atuava há 3 anos no setor de imprensa da Polícia Rodoviária Federal | Foto: Arquivo/Ponte
Fernando Cesar Borba de Oliveira, 41 anos, é policial rodoviário federal no Paraná há 7. Trabalhava na área de assessoria de imprensa da PRF. Isso até o dia 25 de maio, quando divulgou informações à imprensa que tratavam de mais acidentes nas rodovias federais com a diminuição do isolamento social.
À Ponte, o policial conta que o afastamento tem total ligação com a política do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo ele, de Brasília, os superiores passaram a controlar as informações repassadas à sociedade.
“Assuntos sobre os quais o presidente da República havia manifestado uma mera opinião pessoal, feito alguma crítica qualquer ou protocolado um projeto de lei passaram, de uma hora para outra, a serem considerados ‘temas sensíveis”, explica. “Me parece que os princípios constitucionais de transparência e impessoalidade foram ignorados”, critica.