Sexta, 21 de fevereiro de 2014
De Helio Fernandes, na Tribuna da Imprensa
Afirmação pública da presidente: “Vou convocar o
Exército para coibir (sic) a violência das ruas durante a Copa”. Só mesmo ela
seria capaz dessa contradição. O Exército é mestre em provocar, estimular e
acelerar a violência, em vez de combatê-la.
Isso está em toda a História do Brasil, desde a
República, manifestação de grandeza transformada num golpe, por dois marechais que
como coronéis vieram brigados da estranha Guerra do Paraguai.
Dona Dilma, data vênia, não tem liderança, carisma,
competência. É solerte, indecifrável, estigmatizada, que palavra, e para
espanto do país e do mundo, deve ficar mais cinco anos no Poder. Ninguém
aguenta ou suporta. E acredita que reeleita, seus novos tempos serão
tumultuados, controversos, com o povo nas ruas. Assim, quer o Exército
também nas ruas.
Nem percebe que chamados para as ruas, os militares
provavelmente não voltarão para os quartéis. Dona Dilma acredita que vão
salvá-la. O Exército violento só combate o Exército pacífico que está sempre ao
lado do povo.