Quarta, 26 de fevereiro de 2014
Da Agência Câmara Notícias
Deputado do PT elegeu-se com 10 votos contra 8 de Jair Bolsonaro, que lançou candidatura avulsa.
Em votação apertada, o deputado Assis do Couto (PT-PR) foi eleito, nesta quarta-feira (26), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Foi a única das 21 comissões permanentes da Casa instaladas hoje em que houve disputa. Apesar do acordo para que o PT ficasse com o comando do colegiado, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) apresentou candidatura avulsa e exigiu a inscrição de seu nome na disputa.
"Qualquer outra candidatura, independente de ser do Partido dos Trabalhadores ou não, é legal e regimental. E peço à vossa excelência que dê prosseguimento às eleições", disse Bolsonaro ao então presidente, deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP).
Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados
Assis do Couto: comissão deve dar voz às minorias.
Novo presidente
O novo presidente da Comissão de Direitos Humanos tem 53 anos, está no terceiro mandato como deputado federal, com atuação ligada à agricultura familiar e à reforma agrária.
Assis do Couto adiantou que quer garantir a voz das minorias no colegiado. "Entender a diversidade e a pluralidade desse país é uma missão de todos nós. Isso sem perder o foco da defesa dos direitos humanos daquelas minorias que ainda têm seus direitos violentados, infelizmente."
Feliciano
A eleição de hoje foi acompanhada por representantes de movimentos indígenas, LGBTT e outras entidades da sociedade civil, que comemoraram o resultado.
Ao se despedir do comando da comissão, o agora ex-presidente Marco Feliciano fez agradecimentos e balanços de sua gestão. "Foi um ano turbulento para nós, mas mesmo o prejuízo de tempo não nos impediu de trabalhar. Mostramos que existe uma amplitude de pensamentos acerca do que é, de fato, direitos humanos”, disse.
No ano passado, o PT, que tem prioridade na escolha das comissões que presidirá, abriu mão da Comissão de Direitos Humanos. A eleição de Feliciano gerou protestos de grupos que o acusavam de racismo e homofobia. O parlamentar afirmou que não guarda ressentimentos: “meu nome foi achincalhado publicamente, porém o assunto é passado e não resta, no meu coração, nenhum tipo mágoa acerca do que ocorreu".
Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Marcelo Oliveira
Edição – Marcelo Oliveira