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(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Defensoria Pública do DF também é contra o retrocesso causado pelo Projeto de Lei Parlamentar 257/2016

Segunda, 1º de julho de 2016
Da Defensoria Pública do DF
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Defensoria Pública do DF é contra o retrocesso causado pelo Projeto de Lei Parlamentar 257/2016

O Projeto de Lei Parlamentar 257/2016, que tem votação na Câmara dos Deputados marcada para segunda-feira (01) prevê, dentre medidas de refinanciamento da dívida dos Estados, reequilíbrio orçamentário e alteração da Lei de Responsabilidade Fiscal, o engessamento de Instituições Jurídicas.

Uma das modificações que o PLP 257/2016 traz é o teto de 0,7% da Receita Corrente Líquida do Estado para gastos com pessoal nas Defensorias Públicas dos Estados. Isso tornaria inviável à Instituição cumprir sua missão jurídica e social, além de causar a demissão de servidores públicos e defensores públicos por todo país.


A Defensoria Pública do DF é contra os termos do Projeto de Lei Complementar que podem limitar a atuação das Defensorias Públicas de todo país. Segundo nota da Agência Nacional dos Defensores Públicos (ANADEP), para se adequar a renegociação imposta pelo PLP, as Defensorias Públicas dos Estados terão que modificar e diminuir o atendimento que vem sendo feito para a população.

A Defensoria Pública é uma instituição autônoma e independente “podendo inclusive apresentar sua proposta orçamentária e encaminhar projetos de lei, e, conjuntamente com os Poderes e Instituições autônomas, não pode se submeter a compromisso assumido por ente diverso” declara o presidente da ANADEP, Joaquim Neto, em nota publicada na última quarta-feira (28).

Essa redução no atendimento seria inconstitucional, uma vez que “em junho de 2014, foi promulgada a Emenda Constitucional 80, determinando a estruturação das Defensorias Públicas em todo o país, proporcional à efetiva demanda pelo serviço da Defensoria Pública e à respectiva população”, relata Neto. Ou seja, todos os Estados e o Distrito Federal tem que contar com defensores públicos para atendimento aos cidadãos.

Ricardo Batista, defensor público-geral do Distrito Federal e presidente do Colégio Nacional dos Defensores Público-Gerias – CONDEGE, entende que “todos compreendem a necessidade do ajuste fiscal, bem como o melhor controle de gastos públicos, porém, a renegociação das dívidas dos Estados não pode servir de pretexto para a inviabilização de um serviço público essencial à população. E é isso que o projeto causará a Defensoria Pública e ao povo brasileiro carente.”

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), incluiu o Projeto de Lei Complementar (PLP) 257/2016 na pauta para ser apreciado em Sessão Deliberativa Extraordinária do dia 1º de agosto (segunda-feira), com previsão de início às 16h.