Terça, 14 de janeiro de 2014
Secretaria de Transparência se debruça
sobre 470 contratos firmados com empresas de entretenimento. Desses, 75%
foram pagos com dinheiro liberado pelos parlamentares para a área de
cultura
Camila Costa
Correio Braziliense
Caminhada da Paz no Gama de 2013: recursos aplicados no evento por meio de emenda do deputado Agaciel Maia passam por auditoria |
Nos últimos dois anos, quase R$ 1 bilhão foi liberado para a área, quase sempre para festas e shows. Os contratos são permeados por suspeitas de irregularidade, principalmente sobre os valores pagos a artistas.
A investigação da Secretaria de Transparência começou há seis meses e deve ser concluída até a primeira quinzena de abril. “É uma auditoria ampla, que envolve 470 processos e tem por base trabalhos anteriores, as contas anuais do governo, que gasta uma quantia relevante com essa área de eventos”, explicou o controlador-geral substituto da pasta, Marcos Tadeu de Andrade.
Entre os questionamentos feitos em cima dos contratos, está o valor dos cachês. Os auditores querem identificar se está sendo cobrado o preço praticado no mercado. Ainda é investigado se os empresários exclusivos de artistas formam algum tipo de cartel e se os processos de inexigibilidade de licitação apresentam evidências de fraudes. Segundo Marcos de Andrade, a auditoria faz parte de exigências do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) e de um pacote de alterações para tentar melhorar o processo de contratação.
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