Sexta, 16 de maio de 2014
Como os jogos da Copa irão alterar a
rotina de moradores e de pessoas que trabalham na zona de exclusão dos
estádios, área administrada pela entidade máxima do futebol
Wilson Aquino e Jorge Eduardo França Mosquera
Revisto IstoÉ — Edição: 2321
Todas as terças
e quintas, a dona de casa Ellen Carla Teixeira, 34 anos, tem um
compromisso inadiável: levar o filho David, que tem 5 anos e é
cadeirante, à fisioterapia. Mas a família mora em frente à Arena
Pantanal, em Cuiabá, uma das 12 sedes da Copa do Mundo no Brasil, e, por
causa das restrições impostas pela organização dos jogos, ela não sabe
nem se vai conseguir sair de casa na terça-feira 17 de junho, data do
jogo entre Rússia e Coreia do Sul. “Fizemos um cadastro, mas está tudo
muito confuso. Vão fechar a região quatro horas antes do jogo e não sei
como ficará”, diz. Ela faz parte de um contingente grande de pessoas que
estão pagando um preço alto por morarem perto dos estádios da Copa.
EM CUIABÁ
Ellen Teixeira e o filho David: ela teme não conseguir
levar o filho David à fisioterapia nos dias de jogo
Para proteger as marcas da Fifa e de seus
patrocinadores e facilitar a mobilidade de atletas, autoridades e
pessoas que vão trabalhar nos jogos, foram criadas zonas de exclusão. As
prefeituras das sedes estabeleceram medidas restritivas a quem dá
expediente e a moradores que vivem na área dos estádios perto do horário
dos jogos. Em Curitiba e Manaus, por exemplo, em dia de jogo, quem não
estiver credenciado ou não tiver ingresso não vai poder nem circular a
pé num raio de um quilômetro do estádio, mesmo se morar na área. Até
bebê de colo terá crachá.
A Lei Geral da Copa garante à Fifa e às
pessoas por ela indicadas exclusividade para divulgar ou vender produtos
e serviços em um raio de até dois quilômetros dos locais oficiais das
competições (leia quadro).
Leia a íntegra em:
http://www.istoe.com.br/reportagens/363411_A+VIDA+SOB+O+CONTROLE+DA+FIFA?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage